A importância da diversidade de recursos pedagógicos na sala de aula

A importância da diversidade de recursos pedagógicos na sala de aula

Vista superior da sala de aula no ensino fundamental: crianças sentadas na mesa da escola usando computadores pessoais e tablets digitais para tarefas.

Por excelência, em uma sala de aula, o que não falta é diversidade: cada indivíduo daquele contexto é um ser humano diferente, que carrega uma história de vida única. Especialmente em relação aos alunos, embora possam ser pequenos e ainda não terem vivido muitos anos, eles já levam consigo uma mala cheia de cultura, de histórias e de sentimentos. Além disso, cada um se lança ao desafio constante de apresentar suas aptidões e seus interesses traduzidos no que costumamos chamar de “jeitinho de ser”.

Pensando nisso, o professor possui um grande desafio: contemplar em seu planejamento uma série de processos de ensino-aprendizagem que atendam às necessidades de todos os alunos, por mais variadas que possam ser. Para isso, os conteúdos curriculares devem ser trabalhados de diferentes maneiras, pois a forma em que um estudante aprende, não necessariamente é a mesma que a dos outros estudantes.

Esta premissa não é algo opcional, pois até mesmo os documentos que regulamentam a educação no Brasil abordam a preocupação de que ela deve respeitar as diferenças de cada um dos estudantes, considerando suas individualidades e particularidades.

Base Nacional Comum Curricular (BNCC), logo em seu texto introdutório, preconiza a igualdade, a diversidade e a equidade, explicitando que “(…) as escolas precisam elaborar propostas pedagógicas que considerem as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes, assim como suas identidades linguísticas, étnicas e culturais” (BRASIL, 2018, p. 15). Portanto, podemos perceber que é necessário considerar que cada turma, composta por indivíduos diferentes uns dos outros, irá contar com características únicas que impactarão as práticas pedagógicas a serem trabalhadas.

Nesse sentido, contar com variedade de recursos pedagógicos na sala de aula é fundamental para que, neste espaço repleto de necessidades específicas, seja possível criar um ambiente de aprendizado rico, dinâmico e eficaz. Quando falamos em recursos pedagógicos estamos nos referindo ao conjunto de todas as ferramentas, materiais, estratégias e métodos utilizados na escola que contribuem para o processo de aprendizagem.

A BNCC indica que o professor deve “selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversificadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc.” (BRASIL, 2018, p. 17).

A variedade dos recursos pedagógicos implementados, portanto, desempenha um papel crucial em diversos aspectos educacionais.

Vamos discutir suas principais dimensões?

Atendimento à diversidade de estilos de aprendizado

Como já mencionamos, antes de chegarem na escola, além de contarem com uma história de vida e conhecimentos prévios, os alunos também possuem diferentes estilos de aprendizado, do visual ao auditivo, passando pelo cinestésico.

Podemos refletir sobre isso, nós mesmos, adultos. Imagine a seguinte situação: você é novo em um lugar e acaba de conhecer algumas pessoas. Qual é a estratégia que você utiliza para decorar o nome de todos a quem acabou de ser apresentado? Certamente, esta resposta será muito diferente, variando de acordo com a pessoa que precisou realizar esta tarefa: alguns podem relacionar a cor da roupa, outros, associar os novos nomes ao de pessoas já conhecidas; outros irão escrever os nomes mentalmente, para visualizar as palavras e, assim decorá-las. Diferentes técnicas, para uma tarefa muito simples: de acordo com o estilo de cada um, a maneira de realizá-la, muda!

Pensando nisso, a variedade de recursos pedagógicos dentro de uma sala de aula permite que os professores atendam às diferenças, garantindo que os estudantes tenham a oportunidade de se relacionar com o conhecimento e com os conteúdos pedagógicos de maneira eficaz, de acordo com seus estilos únicos e particulares.

Sendo assim, alguns alunos podem se beneficiar mais de recursos visuais, como infográficos e diagramas, enquanto outros podem preferir materiais auditivos, como palestras e podcasts. A variedade ajuda a personalizar o ensino para se adequar às necessidades individuais dos alunos.

Aumento do engajamento e motivação

A educação do século XXI tem como um de seus pilares o protagonismo dos alunos, trazendo os seus interesses à tona, para que, assim, os estudantes se relacionem com a educação de forma engajada e motivada e, portanto, contem com processos de ensino-aprendizagem que sejam significativos.

A introdução de recursos pedagógicos variados contribui para que os alunos se vejam como protagonistas, envolvidos e interessados no conteúdo. Assim, elementos diversos que extrapolem a lousa e o giz, o caderno e o lápis, são essenciais. Vídeos, jogos interativos, simulações e experimentos práticos podem tornar as aulas mais atrativas e cativantes, o que, por sua vez, melhoram o desempenho acadêmico e a satisfação dos alunos.

Melhora da compreensão e retenção de saberes


Quando vemos uma mesma situação a partir de diferentes ângulos, é muito comum conseguirmos compreendê-la de maneira mais aprofundada e detalhada. Indo ao encontro dessa premissa, os conceitos que devem ser trabalhados com os alunos podem ser mais facilmente compreendidos quando apresentados de diferentes maneiras.

A oportunidade de contar com diversas perspectivas para um mesmo tópico é muito benéfica para os estudantes: quando têm a possibilidade de contar com variedade de recursos pedagógicos, conseguem ampliar a compreensão acerca de algum conteúdo. Por exemplo, um conceito complexo pode ser explicado primeiramente por meio de um vídeo explicativo, depois, continuado por um gráfico e, por fim, concluído por uma discussão em grupo.

Ao passar por essas etapas, o mesmo conteúdo é experienciado pelos alunos sob pontos de vista diferentes, o que tende a aumentar o seu interesse e a forma de lidar com o saber, o que impacta diretamente sua compreensão e retenção daquilo que foi trabalhado.

Desenvolvimento de competências e habilidades


Quando o professor insere variedade de recursos pedagógicos em seus planejamento e atividades, ele promove o desenvolvimento das mais diferentes competências e habilidades dos alunos: ao apresentar situações que exigem diferentes soluções, desafios do mundo real podem ser trabalhados, contribuindo para que os alunos se vejam cada vez mais preparados – não apenas aprendendo aspectos teóricos, mas também os práticos.

Assim, os professores podem criar aulas cada vez mais inovadoras e flexíveis, possibilitando que os estudantes pensem criticamente sobre como abordar e resolver problemas de diferentes formas. Debates, trabalho em equipe, apresentações e pesquisa autônoma e independente, são exemplos de atividades que contribuem para que os alunos possam adquirir habilidades de comunicação, resolução de problemas, criatividade, pensamento crítico e colaboração, que são essenciais para o sucesso em suas futuras carreiras e vidas.

 

Preparação para um mundo digital


Em um mundo cada vez mais orientado pela tecnologia, é fundamental que os alunos estejam familiarizados com este universo e que saibam utilizar os aparatos e dispositivos digitais, predominantes tanto na esfera pessoal, quanto na esfera profissional de nossa sociedade.

A inclusão de recursos pedagógicos digitais, como as plataformas de aprendizado online, aplicativos educacionais, fóruns, chats e jogos digitais, não só deixam o aprendizado mais interessante, como também mais personalizado: este tipo de recurso, permite que cada estudante possa acessar conteúdos e atividades com base em suas necessidades específicas e de acordo com seu ritmo e estilo de aprendizagem.

Além disso, ao inserir este tipo de recurso pedagógico na sala de aula, o professor contribui com a formação dos alunos: oferece a possibilidade de que os estudantes lidem com a tecnologia de forma eficaz e responsável, tornando-os mais preparados para a sociedade contemporânea.

Pudemos ver que a diversidade de recursos pedagógicos é essencial para atender a diversidade dos perfis presentes em sala de aula: ao introduzir diferentes ferramentas, materiais, estratégias e métodos, as necessidades individuais dos alunos são atendidas e, portanto, os estudantes possuem a oportunidade de serem formados e preparados para encararem os desafios do mundo moderno, da melhor forma.

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Os benefícios das ferramentas digitais na educação

Os benefícios das ferramentas digitais na educação

Estudante do ensino médio usando um tablet digital para estudar.

Em algum momento, você já ouviu falar sobre a Indústria 4.0, certo? Basicamente, esse conceito fala sobre como o avanço da tecnologia nos últimos tempos tem culminado no aperfeiçoamento do ecossistema industrial, criando a maior disrupção no segmento desde a chamada Revolução Industrial. A Indústria 4.0 é marcada, entre outras características, pela alta produtividade e capacidade de se adaptar às constantes transformações de nossos tempos, justamente por empregar ferramentas como Big Data, Inteligência Artificial e Machine Learning. Além de aumentar a eficiência dos processos, estamos falando de recursos que nos levam diretamente à inovação.

Sem dúvidas, sabemos que essas novas tecnologias estão, cada vez mais, presentes no nosso dia a dia, mesmo fora das empresas. Por exemplo: ao sairmos de casa, utilizamos aplicativos de trânsito para nos guiar até um determinado local, nos comunicamos com qualquer pessoa por meio de aplicativos de troca instantânea de mensagens, nossas fotos e vídeos são automaticamente armazenados na nuvem – vale brincar que, por incrível que pareça, mesmo nunca tendo sido vistas a olho nu, essas tais nuvens guardam nossas maiores recordações.

Como em outros momentos da humanidade, avanços nos meios de produção passam, com o tempo, para outros campos. E, sim, a revolução tecnológica também trouxe mudanças para a educação, dando vida à famosa Educação 4.0. Com a implantação das ferramentas digitais, a forma de ensinar e de aprender foi modificada, especialmente depois da aceleração provocada como resposta à pandemia de Covid-19. Agora, professores e alunos contam com inúmeros recursos ao seu alcance para que o processo de ensino seja cada vez mais eficiente, atualizado e prazeroso.

Mas, afinal, dentre tudo que a tecnologia trouxe de benefícios para a educação, o que vamos ressaltar hoje?

Sabemos que a inovação tecnológica tem feito com que novas habilidades sejam demandadas pelo mercado de trabalho. Por exemplo, antigamente, era necessário possuir cursos de datilografia no currículo para que fosse comprovada a habilidade de digitação nas máquinas de escrever, que, hoje, são itens de coleção. Com a massificação dos computadores de uso pessoal em meados dos anos 90, digitar de forma ágil se tornou uma competência muito comum. O mesmo processo se deu de maneira parecida com os idiomas frente a popularização das ferramentas de tradução, que dão conta, muitas vezes, de demandas mais básicas. Para a geração dos nativos digitais, o desafio não é o uso da tecnologia, mas, sim, sua aplicação em atividades complexas. Para se ter ideia, uma das tendências hoje é o movimento “low code”, cuja tradução livre é “programação sem código”, em que as linhas de comando dão vez para interfaces intuitivas e visuais.
Todas as competências necessárias para navegar em um mundo mediado pela tecnologia podem ser estimuladas dentro da escola ao permitir que os alunos tenham um mergulho guiado no mundo digital. E engana-se quem acha que estamos falando do futuro, já que o nosso presente é o berço de muita novidade! Mas afinal, quais as vantagens em adotar tecnologia digital no dia a dia da escola?

● Qualidade de ensino

Com o uso das ferramentas digitais, o ensino pode ser muito mais eficiente. Os estudantes passam a ter acesso a materiais extras disponíveis na internet, permitindo se aprofundar no assunto abordado na sala de aula. Há instituições que já têm feito uso até de dispositivos de realidade virtual, criando situações de imersão. Além disso, com ajuda das plataformas de ensino, os professores podem ter uma comunicação muito mais assertiva e efetiva com os alunos por meio dos chats e fóruns. Das rodas virtuais de discussão às entregas e correções de atividades com feedbacks individuais quase que em tempo real são apenas duas das atrações tão esperadas.

● Aumento do engajamento

Reter a atenção dos estudantes é um grande desafio dos professores, especialmente quando o hábito fora da sala de aula engloba o consumo de uma infinidade de conteúdos de curta duração, em especial os vídeos das redes sociais. Mas o mundo digital oferece caminhos para que essa barreira possa ser vencida de modo muito mais fácil. A geração atual é extremamente ligada à tecnologia, sendo assim, qualquer recurso tecnológico utilizado em sala de aula chamará a atenção das crianças e dos adolescentes. Desta forma, é possível despertar o interesse da turma sobre o tema que será abordado na aula e manter a atenção. Um bom exemplo é o uso da realidade aumentada, que é a sobreposição de objetos digitais no mundo real que proporciona analisar animais em tamanho real dentro da sala de aula nas aulas de biologia.

● Comunicação com pais e responsáveis

Se engana quem pensa que a eficiência do ensino está associada somente aos professores e aos alunos. O desenvolvimento dos estudantes é um assunto que deve ser acompanhado de perto pelos responsáveis para ser dada continuidade no processo de ensino conforme a necessidade individual de cada aluno.
“Mas como a tecnologia auxilia nesse processo?”
Por meio de agendas digitais, a escola pode comunicar os pais sobre qualquer adversidade vivida pelo estudante na escola, como avaliações de baixo rendimento e atividades não entregues. Desta forma, os responsáveis terão ciência do que está acontecendo e poderão tomar medidas cabíveis para que a criança ou adolescente continue progredindo. Hoje, é muito mais fácil responder mensagens por meio do computador ou do smartphone, já que vivemos conectados. Sendo assim, as agendas físicas deram espaço para aplicativos que podem ser facilmente acessados.

● Ensino híbrido ou remoto

Utilizando as salas de aula virtuais, o ensino híbrido ou remoto pode ser incorporado nas escolas mesmo depois da pandemia de Covid-19. Ou seja, os alunos podem assistir às aulas de casa e, depois, assisti-las novamente a qualquer momento quando são gravadas e disponibilizadas em uma biblioteca digital. Neste caso, a escola facilita para que o estudante consiga aprender no seu tempo, afinal, poderá dar play no vídeo do professor quantas vezes forem necessárias para que a matéria seja assimilada da melhor forma possível. Uma outra maneira que as salas de aula virtuais podem ser utilizadas é para as aulas de reforço, fóruns de dúvidas e muito mais.

● Otimização para os professores

A tecnologia trouxe inúmeras vantagens para os professores. No lugar dos métodos tradicionais já desgastados com o tempo, os professores podem utilizar novas propostas para que suas aulas sejam mais atrativas. Mas, além disso, a inovação pode otimizar o tempo do professor. Com a ajuda das plataformas, os alunos podem realizar atividades que são corrigidas instantaneamente, ou seja, não é necessário que o docente corrija manualmente. Outra facilidade é o disparo automático de mensagens para toda turma de maneira rápida e fácil, podendo se comunicar com todos os alunos de maneira efetiva.

A tecnologia certamente chegou para ficar e aprimorar o ensino, não é mesmo? Aproveite para ler mais sobre o tema clicando aqui e veja como a inovação faz parte do dia a dia das escolas.

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Desvendando o marketing educacional: estratégias para o sucesso da sua instituição

Desvendando o marketing educacional: estratégias para o sucesso da sua instituição

Ilustração de mapa mental e homem apontando para desenho de lâmpada.

A educação é um dos pilares fundamentais da sociedade, e as instituições de ensino desempenham um papel crucial nesse processo. No entanto, para que uma escola prospere, não basta apenas oferecer educação de qualidade; ela precisa se destacar no mercado e atrair alunos. É aí que entra o Marketing Educacional

Neste artigo, desvendaremos seu conceito, sua importância e utilizar essa estratégia para o sucesso de suas instituições. Acompanhe!

O que é marketing educacional?

Marketing educacional é um conjunto de táticas aplicadas em instituições de ensino (IES) para atrair mais alunos e elevar a taxa de fidelização daqueles que já estudam. 

Envolve desde a pesquisa e análise do mercado, da concorrência e do público-alvo, até a criação e distribuição de conteúdos relevantes, a promoção de eventos e campanhas, o relacionamento com os clientes e a mensuração dos resultados.

Trata-se de uma forma de se comunicar com o seu público de interesse, mostrando os diferenciais da sua instituição, os benefícios da sua proposta pedagógica, os valores da sua marca e os depoimentos de quem já estuda ou estudou na sua escola. 

Também é um meio de se posicionar no mercado, demonstrando autoridade, credibilidade e confiança.

Quais os objetivos do marketing educacional?

Imagem de sala de treinamento com mulher escrevendo no quadro.

O marketing educacional tem como principais objetivos:

  • Aumentar a visibilidade da instituição de ensino, ampliando o seu alcance e reconhecimento;
  • Gerar valor para a marca, criando uma identidade forte e uma reputação positiva;
  • Atrair novos alunos, despertando o interesse e a curiosidade pelo seu projeto educacional;
  • Converter leads em matrículas, oferecendo soluções adequadas às necessidades e expectativas dos potenciais clientes;
  • Fidelizar os alunos atuais, proporcionando uma experiência satisfatória e estimulante;
  • Reduzir a evasão escolar, identificando e solucionando os problemas que levam à desistência ou à troca de instituição;
  • Aumentar a rentabilidade da instituição de ensino, otimizando os recursos e maximizando os resultados.

Por onde começar na estratégia?

Para aplicar o marketing educacional na sua instituição de ensino, você precisa seguir alguns passos básicos:

  • Conhecer o seu mercado: faça uma pesquisa sobre o cenário educacional na sua região, identificando as oportunidades, as ameaças, as tendências e as demandas do setor;
  • Conhecer a sua concorrência: analise os pontos fortes e fracos dos seus principais concorrentes, observando como eles se comunicam, quais são as suas ofertas, como eles se diferenciam e quais são as suas fraquezas;
  • Conhecer o seu público-alvo: crie personas que representem os seus potenciais clientes, levantando dados como idade, gênero, renda, escolaridade, hábitos, preferências, dores e desejos;
  • Definir os seus objetivos: estabeleça metas claras e mensuráveis para as suas ações de marketing educacional, como por exemplo aumentar em 10% o número de matrículas no próximo ano letivo;
  • Definir as suas estratégias: escolha as melhores táticas para alcançar os seus objetivos, levando em conta o seu orçamento, o seu cronograma, o seu público-alvo e os seus diferenciais;
  • Executar as suas ações: coloque em prática as suas estratégias de marketing educacional, seguindo um plano detalhado e monitorando constantemente o seu desempenho;
  • Avaliar os seus resultados: mensure os indicadores-chave de sucesso das suas ações de marketing educacional, como por exemplo o número de visitas ao seu site, o número de leads gerados, o número de matrículas realizadas e o nível de satisfação dos seus alunos.

Conheça algumas estratégias de marketing para divulgar a instituição de ensino

Marketing de conteúdo: produza e compartilhe conteúdos relevantes e educativos para o seu público-alvo, como por exemplo artigos, e-books, infográficos, vídeos, podcasts, webinars etc. 

O marketing de conteúdo ajuda a gerar valor para a sua marca, a educar o seu mercado, a atrair e nutrir leads e a aumentar o seu tráfego orgânico;

Marketing nas redes sociais: crie e mantenha perfis nas principais redes sociais onde o seu público-alvo está presente, como por exemplo Facebook, Instagram, YouTube, LinkedIn etc. 

O marketing nas redes sociais ajuda a ampliar a sua visibilidade, a interagir com o seu público, a divulgar os seus conteúdos, a promover os seus eventos e a fortalecer a sua comunidade;

Marketing de influência: busque parcerias com influenciadores digitais que tenham afinidade com o seu nicho educacional, como por exemplo professores, educadores, pais, alunos, ex-alunos etc. 

O marketing de influência ajuda a aumentar a sua credibilidade, a expandir o seu alcance e a gerar recomendações para a sua instituição de ensino;

Marketing de relacionamento: estabeleça e mantenha um contato frequente e personalizado com os seus potenciais clientes, utilizando canais como e-mail, WhatsApp, SMS, telefone etc. 

O marketing de relacionamento ajuda a criar um vínculo emocional com o seu público, a esclarecer as suas dúvidas, a oferecer as suas soluções e a conduzi-lo pelo processo de decisão de compra;

Marketing offline: utilize também meios tradicionais de divulgação da sua instituição de ensino, como por exemplo outdoor, panfleto, jornal, rádio, TV etc. 

O marketing offline ajuda a complementar as suas estratégias online, a reforçar a sua presença na sua região e a alcançar um público mais amplo.

Conheça algumas estratégias de marketing para fidelizar alunos

Pesquisa de satisfação: aplique periodicamente pesquisas de satisfação com os seus alunos e seus responsáveis, utilizando ferramentas como Google Forms etc. 

A pesquisa de satisfação ajuda a coletar feedbacks sobre os seus serviços, produtos e processos, a identificar os pontos de melhoria e as oportunidades de inovação e a demonstrar interesse pela opinião dos seus clientes;

Saiba mais: Escolas Inovadoras: o que a sua instituição precisa para chegar lá?

Programa de fidelidade: crie um programa de fidelidade que recompense os seus alunos por permanecerem na sua instituição de ensino ou por indicarem novos clientes. 

O programa de fidelidade pode oferecer benefícios como descontos na mensalidade ou em cursos extras, brindes personalizados, vouchers para lojas ou restaurantes parceiros etc. 

O programa de fidelidade ajuda a aumentar o valor percebido da sua oferta, a estimular o engajamento dos seus alunos e a gerar indicações boca-a-boca;

Eventos internos: promova eventos internos que envolvam os seus alunos e seus responsáveis em atividades lúdicas, culturais, esportivas, sociais etc. 

Os eventos internos ajudam a criar um clima de integração, diversão e aprendizado, além de fortalecer o vínculo com a instituição de ensino;

Comunicação personalizada: mantenha uma comunicação personalizada com os seus alunos e seus responsáveis, utilizando canais como e-mail, WhatsApp, SMS, telefone etc. 

A comunicação personalizada ajuda a transmitir mensagens relevantes, como lembretes, avisos, elogios, dicas etc., além de criar um relacionamento mais próximo e humano;

Suporte pedagógico: ofereça suporte pedagógico aos seus alunos, disponibilizando materiais complementares, plataformas digitais, tutoriais, plantões de dúvidas etc. 

O suporte pedagógico ajuda a melhorar o desempenho acadêmico dos seus alunos, a aumentar a sua motivação e a sua autoestima e a reduzir as dificuldades de aprendizagem.

Campanhas de marketing para eventos de visitas e matrículas

Mulher apontando para tela de computador enquanto seus colegas de trabalho olham para o conteúdo da tela.

  • Defina o seu objetivo: antes de criar a sua campanha, defina qual é o seu objetivo principal, como por exemplo aumentar o número de visitantes, de inscritos ou de matriculados;
  • Defina o seu público-alvo: em seguida, defina quem é o seu público-alvo, criando personas que representem os seus potenciais clientes, com dados como idade, gênero, renda, escolaridade, hábitos, preferências, dores e desejos;
  • Defina o seu orçamento: depois, defina quanto você pode investir na sua campanha, levando em conta os custos com mídia, produção, materiais etc;
  • Defina os seus canais: em seguida, defina quais são os canais mais adequados para divulgar a sua campanha, como por exemplo redes sociais, e-mail marketing, WhatsApp, site, blog, outdoor, panfleto etc;
  • Crie a sua mensagem: depois, crie a sua mensagem, destacando os benefícios do seu evento, o que o seu público vai aprender, como se inscrever e qual é o prazo;
  • Crie a sua identidade visual: em seguida, crie a sua identidade visual, utilizando cores, imagens, fontes e elementos que sejam coerentes com a sua marca e com o seu evento;
  • Crie a sua landing page: depois, crie a sua landing page, que é uma página específica para o seu evento, onde você vai apresentar as informações mais importantes e capturar os dados dos interessados;
  • Crie a sua automação: em seguida, crie a sua automação, que é um conjunto de e-mails ou mensagens que serão enviados automaticamente para os seus leads após eles se inscreverem no seu evento. A automação ajuda a confirmar a inscrição, a lembrar a data e o horário do evento e a enviar materiais complementares;
  • Monitore os seus resultados: por fim, monitore os seus resultados, acompanhando os indicadores-chave de sucesso da sua campanha, como por exemplo o número de visitantes ao seu site ou landing page, o número de inscritos no seu evento e o número de matriculados na sua instituição de ensino.

Quais são as ferramentas utilizadas no marketing educacional

  • Ferramentas de pesquisa: são ferramentas que permitem realizar pesquisas de mercado, de concorrência e de público-alvo, coletando e analisando dados relevantes para as suas decisões. Alguns exemplos são Google Trends, Google Analytics, SEMrush, SimilarWeb etc;
  • Ferramentas de criação: são ferramentas que permitem criar conteúdos atrativos e profissionais para os seus canais de comunicação, como por exemplo textos, imagens, vídeos, áudios, etc. Alguns exemplos são Canva, Adobe Photoshop, Adobe Premiere, Audacity etc;
  • Ferramentas de distribuição: são ferramentas que permitem distribuir os seus conteúdos nos seus canais de comunicação, como por exemplo redes sociais, e-mail marketing, WhatsApp, site, blog etc. Alguns exemplos são Facebook Business Suite, Mailchimp, WhatsApp Business, WordPress etc;
  • Ferramentas de automação: são ferramentas que permitem automatizar algumas tarefas do seu processo de marketing educacional, como por exemplo enviar e-mails ou mensagens para os seus leads, segmentar os seus contatos, gerenciar os seus funis de vendas etc. Alguns exemplos são RD Station, HubSpot, LeadLovers, PipeDrive etc;
  • Ferramentas de mensuração: são ferramentas que permitem mensurar os resultados das suas ações de marketing educacional, acompanhando os indicadores-chave de sucesso e gerando relatórios. Alguns exemplos são Google Analytics, Google Data Studio, Facebook Insights, YouTube Analytics etc.

Canais para usar o marketing educacional

  • Canais online: são os canais que utilizam a internet como meio de comunicação, como por exemplo redes sociais, e-mail marketing, WhatsApp, site, blog etc. Os canais online têm como vantagens o baixo custo, o alto alcance, a interatividade, a segmentação e a mensuração;
  • Canais offline: são os canais que utilizam meios tradicionais de comunicação, como por exemplo outdoor, panfleto, jornal, rádio, TV etc. Os canais offline têm como vantagens a abrangência, a confiabilidade, a familiaridade e a lembrança.

Como medir o sucesso do marketing educacional na sua instituição?

Imagem de mulher navegando em site sobre educação.

Existem diversas maneiras de fazer isso, e a escolha das métricas adequadas depende dos objetivos específicos de sua instituição e das estratégias de marketing aplicadas. Aqui estão algumas métricas comuns que você pode considerar:

  • Taxa de conversão: rastreia quantos visitantes do site da escola se tornam alunos matriculados. Ela ajuda a avaliar a eficácia das páginas de destino e do processo de inscrição online;
  • Número de matrículas: métrica direta que indica quantos novos alunos foram matriculados como resultado das estratégias de marketing;
  • Taxa de retenção: a taxa de retenção mede quantos alunos existentes optam por continuar na escola. Ela é fundamental para avaliar a satisfação dos alunos e famílias com a instituição;
  • Engajamento nas mídias sociais: acompanhe o crescimento do número de seguidores nas redes sociais, bem como as interações, como curtidas, comentários e compartilhamentos. Isso reflete o envolvimento da comunidade escolar;
  • Taxa de abertura de e-mails: em campanhas de e-mail marketing, a taxa de abertura indica o interesse dos pais e alunos em suas mensagens;
  • Feedback e avaliações: coletar feedback de pais e alunos sobre suas experiências pode fornecer informações valiosas sobre a qualidade da educação e o impacto do marketing educacional;
  • Custo por matrícula: calcule quanto custa adquirir um novo aluno. Isso envolve o orçamento de marketing dividido pelo número de novas matrículas;
  • Taxa de cliques: em campanhas de anúncios online, como no Google Ads ou Facebook Ads, a taxa de cliques (CTR) mede a eficácia dos anúncios em direcionar o tráfego para seu site;
  • Taxa de churn: essa métrica é relevante para escolas de ensino superior. Ela avalia quantos alunos não renovam suas matrículas de um ano para o outro.

Qual o papel do diretor de escola no marketing educacional?

O diretor de escola desempenha um papel essencial no marketing educacional, contribuindo para a promoção da instituição, retenção de alunos e construção de uma imagem positiva. 

Suas responsabilidades incluem: definir a visão e estratégia de marketing, apoiar uma cultura escolar positiva, construir relacionamentos com a comunidade, supervisionar o orçamento de marketing, avaliar resultados e impacto, defender investimentos em tecnologia, promover o profissionalismo e a excelência, colaborar com a equipe de marketing e responder a desafios e problemas relacionados ao marketing educacional. 

Quais os desafios e obstáculos no marketing educacional?

Alunos e professores usando juntos um computador para estudar.

Os desafios no marketing educacional incluem competição intensa, mudanças demográficas, manutenção da credibilidade, orçamento limitado, adaptação a tendências educacionais em evolução, regulamentações, gestão de reputação online, garantia de acessibilidade e inclusão, redução da evasão escolar e medição do retorno sobre o investimento (ROI). 

Superar esses desafios requer abordagem estratégica e adaptabilidade.

Marketing educacional em tempos de tecnologia

O marketing educacional em tempos de tecnologia abrange o uso de ferramentas digitais para promover instituições de ensino. Isso inclui o uso de mídias sociais, marketing de conteúdo, anúncios online, sites institucionais e plataformas de ensino virtual

A tecnologia também permite acompanhar e analisar dados para ajustar estratégias. Portanto, a integração eficaz da tecnologia é fundamental para o sucesso do marketing educacional moderno.

Saiba mais: O Papel do CRM Educacional na Modernização das Escolas: entenda como a tecnologia pode transformar a Gestão Escolar.

Conclusão

O Marketing Educacional é um aliado poderoso para manter alunos e expandir a instituição. Ao utilizar estratégias eficazes, as escolas podem se destacar no mercado, atrair mais alunos e, o mais importante, fornecer um ensino de excelência que beneficia toda a comunidade escolar. 

Lembre-se de que essa é uma jornada contínua de adaptação e inovação, à medida que as necessidades e preferências dos alunos e famílias evoluem. Com a abordagem certa, o sucesso está ao alcance de sua instituição de ensino.

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Estamos habituados a abrir nosso provedor de filmes via streaming e o programa nos indicar títulos que façam sentido para nós, isto é, que estejam conforme as nossas afinidades, não é mesmo? Ao iniciarmos qualquer tipo de dispositivo digital, como, por exemplo, um smartphone ou uma televisão inteligente, é comum que uma oferta de conteúdos relacionados às nossas preferências apareça automaticamente. Nosso estilo de vida, nossos comportamentos, aquilo que falamos via chats ou o que conversamos em nossas interações presenciais é captado pelos dispositivos eletrônicos: a inteligência artificial trabalha para cada pessoa ser impactada por conteúdos que correspondam com seus interesses, escolhas e costumes.

A cada dia, esta prática de receber materiais que possuam teores relevantes para cada indivíduo está cada vez mais aperfeiçoada e é comum ter a sensação de que os produtos digitais foram elaborados especialmente para nós. Desta forma, cada pessoa possui sua própria experiência de uso: vivemos, assim, a era da personalização.

Com o ambiente digital se apresentando cada vez mais particularizado e singular, é de se esperar que desejemos que outros aspectos da nossa vida também se comportem de maneira específica para nós, de acordo com nossas necessidades e interesses, ou seja, personalizadamente. A grande pergunta é: será que a educação pode ficar fora disso?

O que é o método de ensino personalizado?


As metodologias tradicionais dos processos de ensino-aprendizagem, que majoritariamente apostam em um currículo padronizado, utilizando métodos de ensino uniformes para todos os alunos, sofreram grandes transformações nos últimos anos, principalmente após o período da pandemia da Covid-19. Com aulas à distância e o uso da tecnologia de forma aperfeiçoada e individual, os métodos de ensino estão sendo repensados com uma forte tendência a personalizar o ensino conforme as necessidades de cada estudante.

Este modelo de educação é chamado de ensino personalizado e pode ser definido como uma abordagem educacional que atenderá às necessidades individuais de cada aluno, considerando suas habilidades, interesses, ritmo de aprendizado e estilos de aprendizagem únicos.

Dessa forma, o que se busca é maximizar o potencial de aprendizagem de cada aluno, permitindo que os processos de ensino-aprendizagem sejam significativos: o aluno é visto como protagonista, tornando essencial que sejam atendidas suas necessidades e contemplados os desafios individuais. Para implementar este tipo de prática, os professores devem adaptar —  do conteúdo às atividades do dia a dia, passando pelas avaliações –  conforme os aspectos individuais dos alunos.

Assim, as metodologias de ensino que seguem estes pressupostos acabam sendo mais humanizadas por respeitarem as particularidades de cada estudante, valorizando cada indivíduo com todas as suas habilidades e, também, competências a serem desenvolvidas.

Estas propostas humanizadoras trazem benefícios para a educação, aumentando o engajamento: o interesse dos estudantes é levado para o centro dos processos de ensino-aprendizagem e o conteúdo não é mais trabalhado apenas pelo professor, mas sim pela postura ativa dos alunos e das alunas.


Como implementar o ensino personalizado?


Além dos estudantes, devemos considerar que cada escola, cada turma e cada professor também são únicos! Cada contexto carrega características singulares que interferem diretamente nos processos de ensino-aprendizagem. Sendo assim, para implementar o ensino personalizado, a parceria entre o professor e a escola é fundamental: desta forma, a equipe gestora e a equipe pedagógica poderão estabelecer as melhores práticas para a escola e para os estudantes. Vamos, portanto, explorar algumas estratégias para implementar o ensino personalizado:


Aprendizagem colaborativa


A aprendizagem baseada em projetos é uma forma eficiente de trabalhar o ensino personalizadamente. A partir dos interesses individuais, os estudantes estabelecem projetos ou temas de estudo que estejam relacionados aos objetivos de aprendizagem para trabalharem colaborativamente. Isto é, cada estudante possui um papel essencial para desempenhar em prol de um objetivo coletivo. Durante o processo, os alunos têm a oportunidade de compartilhar conhecimentos e dúvidas, e o professor pode incentivar que trabalhem de forma motivada e autônoma.


Aprendizagem por competências avaliadas durante o processo de ensino-aprendizagem


Embora seja necessário seguir as orientações curriculares oficiais, a educação atual muda o olhar sobre as normativas que tangem os conteúdos a serem trabalhados: em vez de seguir um cronograma predeterminado, os estudantes avançam os estudos conforme o desenvolvimento de competências e o domínio de conhecimentos específicos, ou seja, é necessário que o professor avalie o processo de ensino-aprendizagem, tendo a oportunidade de ajustar as estratégias pedagógicas no meio do percurso a fim de proporcionar situações que regulam as aprendizagens.


Tecnologia educacional com materiais personalizados


Para proporcionar uma experiência de aprendizagem individualizada é imprescindível o uso de obras didáticas, ferramentas digitais e recursos tecnológicos. Estes instrumentos oferecem a possibilidade de potencializar os resultados dos processos de ensino-aprendizagem. Estamos falando de soluções educacionais flexíveis e inovadoras, que possuem em seus materiais atividades interativas com feedback rápido e individual, com adaptação do conteúdo conforme o desempenho do aluno.


Autogestão e Autoavaliação


Incentivar que os estudantes possuam autoconsciência dos seus aprendizados é outra forma de voltar o olhar para cada aluno individualmente. Para realizar este tipo de iniciativa, os estudantes são encorajados a compreender o que estão aprendendo e aprofundar o conhecimento, fazendo que o aprendizado tenha sentido, que seja aproveitado em sua totalidade. Para isso, o professor deve permitir que o aluno se organize durante o processo de aprendizagem e compreenda os motivos pelos quais está realizando tal percurso formativo. Enfim, incentivar o aluno a analisar e avaliar o que e como foi aprendido, também estimula o envolvimento e o empoderamento dos alunos e alunas.


Transformação Educacional


Os processos de ensino-aprendizagem inovadores e flexíveis são essenciais na era da personalização: ao reconhecer que cada estudante é único e tem necessidades e interesses diferentes, é possível promover uma educação ativa, voltada para o desenvolvimento de competências socioemocionais; isto é, a formação dos alunos é integral sendo pensada para alcançarem melhores resultados acadêmicos e pessoais.

Dessa forma, é possível compreender que o desenvolvimento das competências não se limita aos conteúdos a serem aprendidos, mas também à forma como o estudante opera para empregá-los é fundamental na educação. Nesse sentido, uma maneira para trabalhar com o ensino personalizado é acessar os recursos do Compartilha.

O Compartilha é um projeto que disponibiliza soluções educacionais a serem utilizados por todos os participantes da comunidade escolar: no intuito de favorecer a transformação educacional por meios digitais, conforme o seu contexto, a escola pode optar pelo material que mais se adequa às suas necessidades, tanto aqueles voltados para o desenvolvimento dos profissionais da educação, quanto com soluções que promovem experiências de aprendizagem significativas para os estudantes.

As soluções compreendem materiais que abrangem diversos aspectos fundamentais para o ensino personalizado, sendo assim, cada instituição de ensino pode optar por aquilo que necessita, como, por exemplo: dar ênfase para conteúdos desenvolvidos por autores renomados da Editora Moderna; receber uma consultoria educacional por equipes pedagógicas preparadas para treinar, apoiar e implementar os recursos da plataforma; ou até mesmo promover vivências que encorajem e incentivem a vivência na cultura digital. Conforme o perfil de ensino que a escola segue, os materiais podem ser ajustados e personalizados para cada momento da vida escolar do estudante, assim, de acordo com o conteúdo a ser trabalhado e a fase em que se encontram, as soluções são específicas e singulares.

Nem só as plataformas de streaming são inovadoras e personalizadas: a educação também pode oferecer o melhor para cada indivíduo. Aliás, pode e deve! Desta forma, poderemos transformar a educação, promovendo experiências formativas de ensino-aprendizagem significativas que certamente impactarão os estudantes de maneira profunda e positiva, permitindo, assim, que transformem o mundo em um lugar cada vez melhor.

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Dislexia e TDAH na escola: intervenções e atualização para educadores

Dislexia e TDAH na escola: intervenções e atualização para educadores

estudante com a cabeça deitada nos braços sobre a mesa amassando papel.

A dislexia é um transtorno específico de aprendizagem que afeta cerca de 3% a 5% dos estudantes. Ela se caracteriza por dificuldades na leitura e na escrita, que não são explicadas por outros fatores, como baixa inteligência, falta de instrução ou problemas sensoriais. 

Tem origem neurobiológica e está relacionada a um déficit no processamento fonológico, ou seja, na capacidade de manipular os sons da linguagem oral.

Já o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é outro transtorno que pode afetar o desempenho escolar dos alunos. Ele se manifesta por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, que prejudicam o funcionamento em diversas áreas da vida. 

O transtorno também tem base genética e neurobiológica e pode estar associado a outras condições, como ansiedade, depressão e transtornos de aprendizagem.

Muitas vezes, as duas condições podem coexistir na mesma criança, causando dificuldades adicionais para o processo de ensino-aprendizagem. Por isso, é importante que os educadores estejam preparados para identificar e intervir adequadamente com esses alunos, buscando promover a inclusão e o desenvolvimento de suas potencialidades.

Neste artigo, vamos abordar algumas estratégias e dicas para ajudar os educadores a lidarem com tais quadros na escola, bem como a se atualizarem sobre esses temas. Acompanhe!

Papel do educador na abordagem e diagnóstico

O educador tem um papel fundamental na abordagem e no diagnóstico dos transtornos, pois é ele que convive diariamente com os alunos e pode observar seus comportamentos, dificuldades e habilidades. 

Leia também: Habilidades socioemocionais: o que são e por que são importantes? Descubra!

Além disso, o educador pode aplicar testes e provas que avaliam o nível de leitura, escrita, matemática e outras áreas do conhecimento dos estudantes.

Para identificar possíveis casos de dislexia e TDAH, o educador deve estar atento aos seguintes sinais:

  • Dificuldade para aprender as letras do alfabeto, associar os sons às letras, formar sílabas e palavras;
  • Dificuldade para compreender o que lê, extrair ideias principais e secundárias, fazer inferências e resumos;
  • Dificuldade para escrever corretamente, respeitar as regras ortográficas e gramaticais, organizar as ideias em um texto coerente e coeso;
  • Dificuldade para memorizar informações verbais, como nomes, datas, fórmulas, listas;
  • Dificuldade para se concentrar nas atividades escolares, manter o foco, seguir instruções, terminar tarefas no tempo adequado;
  • Dificuldade para se organizar, planejar, priorizar, revisar e monitorar seu próprio trabalho;
  • Dificuldade para controlar seus impulsos, esperar sua vez, respeitar regras e limites, lidar com frustrações;
  • Dificuldade para se relacionar com os colegas, professores e familiares, expressar suas emoções, sentimentos e opiniões.

Ao perceber esses sinais em algum aluno, o educador deve comunicar sua suspeita aos responsáveis e encaminhar a criança para uma avaliação especializada com profissionais da saúde (psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista etc.).

Intervenções e dinâmicas em sala de aula

aluno com expressão de frustração enquanto olha para seu livro escolar sobre a mesa.

Após o diagnóstico de dislexia ou TDAH (ou ambos), o educador deve adaptar sua metodologia de ensino às necessidades específicas do aluno. Algumas intervenções e dinâmicas que podem ser úteis em sala de aula são:

  • Utilizar recursos visuais, auditivos e táteis para facilitar a aprendizagem, como imagens, vídeos, músicas, jogos, objetos concretos etc.;
  • Estimular a consciência fonológica, ou seja, a habilidade de perceber, segmentar e manipular os sons da fala. Por exemplo, trabalhar com rimas, aliterações, sílabas, inversões, trocas etc.;
  • Ensinar estratégias de leitura, como fazer predições, perguntas, anotações, sublinhar as palavras-chave, usar dicionários etc.;
  • Ensinar estratégias de escrita, como fazer um esboço, um rascunho, uma revisão, usar um roteiro, um mapa mental etc.;
  • Ensinar estratégias de matemática, como usar material dourado, ábaco, calculadora, tabelas, gráficos etc.;
  • Ensinar estratégias de estudo, como fazer resumos, esquemas, flashcards, mapas conceituais etc.;
  • Dar instruções claras, simples e objetivas para as atividades escolares, verificando se o aluno entendeu e anotou;
  • Dividir as tarefas em partes menores e mais fáceis de executar, dando feedback e reforço positivo a cada etapa concluída;
  • Oferecer tempo extra para o aluno terminar as provas e trabalhos, bem como para revisar suas respostas;
  • Permitir que o aluno use recursos auxiliares nas provas e trabalhos, como calculadora, dicionário, tabela periódica etc.;
  • Evitar cobrar o aluno por erros ortográficos ou gramaticais que não interfiram na compreensão do texto;
  • Evitar expor o aluno a situações constrangedoras devido suas dificuldades;
  • Favorecer um ambiente tranquilo e organizado na sala de aula, evitando distrações e interrupções desnecessárias;
  • Estabelecer regras e rotinas claras e consistentes na sala de aula, combinando as consequências para o cumprimento ou não das mesmas;
  • Elogiar o aluno por seus esforços, progressos e acertos, valorizando suas qualidades e potencialidades.

Atualização dos educadores no tema

Para lidar com ambos na escola de forma efetiva e atualizada, os educadores devem buscar constantemente se informar e se capacitar sobre esses transtornos. Algumas formas de se atualizar são:

  • Participar de cursos, palestras, seminários e congressos sobre dislexia e TDAH;
  • Ler livros, artigos científicos e revistas especializadas sobre o tema;
  • Acompanhar sites, blogs e redes sociais de instituições e profissionais que tratam sobre os transtornos;
  • Trocar experiências e informações com outros educadores que trabalham com alunos com as mesmas condições;
  • Consultar profissionais da saúde que atendem alunos com disléxicos e com déficit de atenção para tirar dúvidas e receber orientações.

Condutas no ambiente escolar

criança com expressão confusa manuseando um notebook.

Além das intervenções pedagógicas em sala de aula, os educadores devem adotar algumas condutas no ambiente escolar que favoreçam a inclusão e o bem-estar dos alunos diagnosticados. Algumas dessas condutas são:

  • Respeitar as individualidades e as diferenças de cada aluno, sem rotulá-lo ou discriminá-lo por suas dificuldades;
  • Promover a autoestima e a autoconfiança do aluno, reconhecendo seus talentos e interesses;
  • Estimular a participação do aluno nas atividades escolares e extracurriculares que envolvam sua criatividade, inteligência e habilidades;
  • Incentivar a socialização do aluno com seus colegas e professores, favorecendo sua integração e cooperação;
  • Orientar os colegas do aluno disléxico ou com déficit de atenção sobre suas características e necessidades especiais, evitando preconceitos ou bullying;
  • Estabelecer uma comunicação aberta e frequente com os responsáveis do aluno diagnosticado, informando-os sobre seu desempenho escolar e comportamental;
  • Apoiar os responsáveis do aluno com dislexia ou TDAH na busca por tratamento adequado e acompanhamento multidisciplinar.

Leia também: Comunicação não violenta: benefícios, implementação e abordagem de comportamentos na escola

Inclusão dos alunos na rotina escolar

menino lendo cuidadosamente um livro sobre a mesa.

A inclusão dos alunos diagnosticados na rotina escolar é um direito garantido por lei e uma prática que beneficia tanto os próprios alunos quanto a comunidade escolar. 

Isso implica em oferecer condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem aos estudantes, respeitando suas especificidades e potencializando seus recursos. Para isso, é preciso que a escola:

  • Adote uma proposta pedagógica que contemple a diversidade dos alunos, valorizando suas múltiplas formas de aprender, expressar e interagir;
  • Elabore um plano de atendimento educacional especializado (AEE) para cada aluno nessas condições, definindo as adaptações curriculares, metodológicas e avaliativas necessárias;
  • Disponibilize recursos materiais, tecnológicos e humanos que facilitem o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes diagnosticados;
  • Promova a formação continuada dos professores e demais profissionais da educação sobre o assunto, bem como sobre as estratégias de inclusão;
  • Estimule o trabalho colaborativo entre os profissionais da educação, da saúde, da assistência social e de outras áreas que atendem esses alunos;
  • Desenvolva projetos pedagógicos que envolvam temas relacionados à dislexia e ao TDAH, sensibilizando toda a comunidade escolar sobre esses transtornos.

Conclusão

A dislexia e o TDAH são transtornos que afetam milhões de crianças em todo o mundo, trazendo desafios para o seu desenvolvimento acadêmico, social e emocional. 

Por isso, é fundamental que os educadores estejam preparados para identificar, intervir e incluir esses alunos na escola, contribuindo para o seu sucesso escolar e pessoal. 

Para tanto, é preciso que os educadores se informem, se capacitem e se atualizem sobre esses temas, buscando sempre as melhores práticas pedagógicas para atender às necessidades específicas dos alunos com dislexia ou TDAH.

Gostou deste conteúdo? Então, descubra qual o papel do professor quando assume o espaço de curador em nome de experiências que levem à aprendizagem!

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Avaliação educacional: entenda sua importância no aprendizado e conheça as Avaliações Digitais da Compartilha!

Avaliação educacional: entenda sua importância no aprendizado e conheça as Avaliações Digitais da Compartilha!

Professora entregando avaliação impressa para aluna

A avaliação educacional é uma prática pedagógica que visa verificar o nível de aprendizagem dos estudantes, identificar as dificuldades e os avanços, e orientar as intervenções necessárias para melhorar o ensino. 

Além disso, a avaliação educacional também serve para monitorar a qualidade da educação oferecida pela escola, verificar se os objetivos educacionais estão sendo alcançados e fornecer feedbacks aos educadores, aos estudantes e às famílias.

Mas como fazer uma avaliação educacional eficaz, que realmente contribua para o desenvolvimento dos estudantes e da escola? Quais são os tipos de avaliação existentes e quais são os instrumentos mais adequados para cada situação? Como utilizar os dados coletados pela avaliação para planejar as ações pedagógicas?

Neste artigo, vamos responder a essas perguntas e mostrar como as Avaliações Digitais da Moderna Compartilha podem ajudar você a realizar uma avaliação educacional de qualidade, com dados precisos e confiáveis. Vamos lá?

Conceito de avaliação educacional

A avaliação educacional pode ser definida como um processo sistemático e contínuo de coleta, análise e interpretação de informações sobre o desempenho dos estudantes e da escola, com o objetivo de verificar o grau de aprendizagem, diagnosticar as dificuldades, orientar as intervenções pedagógicas e promover a melhoria da qualidade da educação.

Ela não deve ser vista como um fim em si mesma, mas como um meio para aprimorar o ensino e a aprendizagem. Assim, deve ser realizada de forma integrada ao planejamento e à execução das atividades educacionais, levando em conta os objetivos, os conteúdos, as metodologias e os recursos didáticos utilizados.

Essa avaliação também deve ser participativa, envolvendo todos os agentes educacionais: educadores, estudantes, gestores, famílias e comunidade. Cada um desses atores tem um papel importante na avaliação, seja fornecendo informações, seja recebendo feedbacks, seja tomando decisões com base nos resultados.

Relação da avaliação com o processo de aprendizado

Menino escrevendo em um papel enquanto olha para uma folha de avaliação

A avaliação educacional está intimamente relacionada ao processo de ensino e aprendizagem. Ela serve como um instrumento para verificar se os estudantes estão aprendendo o que se espera deles, se os educadores estão ensinando de forma eficiente e se a escola está cumprindo sua função social.

Também serve como um meio para estimular a aprendizagem dos estudantes, pois permite que eles reconheçam seus pontos fortes e fracos, recebam orientações para superar suas dificuldades e se sintam motivados a progredir. 

Além disso, a avaliação possibilita que os educadores identifiquem as necessidades dos estudantes, ajustem suas estratégias de ensino e ofereçam um acompanhamento individualizado.

Por fim, a avaliação também serve como um recurso para melhorar a qualidade da educação oferecida pela escola, pois fornece dados que podem ser usados para planejar as ações pedagógicas, revisar os currículos, capacitar os profissionais, adequar a infraestrutura e gerenciar os recursos.

Diferença crucial: avaliação somativa X formativa

Existem diferentes tipos de avaliação educacional, que podem ser classificados de acordo com seus objetivos, seus momentos de aplicação e seus critérios de análise. Dois tipos que se destacam são a avaliação somativa e a avaliação formativa.

A avaliação somativa é aquela que ocorre ao final de um período ou ciclo de ensino, com o propósito de verificar o nível de aprendizagem dos estudantes em relação aos objetivos previstos.

Ela tem um caráter classificatório e certificatório, ou seja, serve para atribuir notas ou conceitos aos estudantes e para aprovar ou reprovar os mesmos.

A avaliação formativa é aquela que ocorre ao longo do processo de ensino e aprendizagem, com o propósito de acompanhar o desenvolvimento dos estudantes e orientar as intervenções pedagógicas. 

Ela tem um caráter diagnóstico e formativo, ou seja, serve para identificar as dificuldades e os avanços dos estudantes e para oferecer feedbacks e orientações para a melhoria da aprendizagem.

Ambas são complementares e devem ser realizadas de forma articulada. A avaliação somativa permite verificar os resultados finais da aprendizagem, enquanto a avaliação formativa permite monitorar o processo de aprendizagem e promover ações corretivas ou preventivas.

Saiba mais: A importância da avaliação formativa no ensino-aprendizagem.

Importância dos dados coletados para escolas e educadores

Professoras usando um Tablet e fazendo anotações em uma folha de papel

Os dados coletados pela avaliação educacional são fundamentais para as escolas e os educadores, pois permitem que eles tenham uma visão mais ampla e precisa da realidade educacional em que estão inseridos. Com base nos dados, é possível:

  • Identificar os pontos fortes e fracos dos estudantes, dos educadores, dos gestores e da escola;
  • Comparar o desempenho dos estudantes com os padrões de qualidade estabelecidos pelos sistemas de ensino;
  • Analisar as causas das dificuldades e dos avanços encontrados no processo de ensino e aprendizagem;
  • Estabelecer metas e indicadores de qualidade para a educação;
  • Planejar as ações pedagógicas necessárias para melhorar o ensino e a aprendizagem;
  • Monitorar a execução das ações planejadas e verificar seus resultados;
  • Avaliar o impacto das intervenções realizadas na melhoria da qualidade da educação;
  • Comunicar os resultados da avaliação aos estudantes, aos educadores, aos gestores, às famílias e à comunidade;
  • Prestar contas à sociedade sobre o trabalho desenvolvido pela escola.

Instrumentos para uma avaliação educacional eficaz

Colegas de sala reunidos para responder avaliação escolar

Para realizar uma avaliação educacional eficaz, é preciso utilizar instrumentos adequados para cada tipo de avaliação, para cada objetivo proposto e para cada público-alvo. 

Os instrumentos de avaliação são os meios pelos quais se coletam as informações sobre o desempenho dos estudantes e da escola. Eles podem ser divididos em dois grupos: instrumentos formais e instrumentos informais.

Os instrumentos formais são aqueles que seguem uma estrutura pré-definida, com critérios claros e objetivos de correção. Eles podem ser aplicados individualmente ou coletivamente, oralmente ou por escrito. Alguns são:

  • Provas: são instrumentos que avaliam os conhecimentos conceituais dos estudantes, por meio de questões objetivas ou discursivas, que podem ser de múltipla escolha, verdadeiro ou falso, associação, ordenação, completar lacunas etc;
  • Trabalhos: são instrumentos que avaliam as habilidades procedimentais dos estudantes, por meio de atividades práticas, que podem ser individuais ou em grupo, como pesquisas, relatórios, experimentos, maquetes etc;
  • Portfólios: são instrumentos que avaliam as atitudes valorativas dos estudantes, por meio de um conjunto de produções realizadas ao longo do período ou ciclo de ensino, que podem ser textos, desenhos, fotos, vídeos etc;
  • Autoavaliação: é um instrumento que permite que os estudantes avaliem o seu próprio desempenho, por meio de questionários, escalas ou fichas, que podem conter perguntas sobre o seu nível de aprendizagem, suas dificuldades, seus avanços, seus interesses etc;
  • Avaliação 360: é um instrumento que permite que os estudantes sejam avaliados por diferentes agentes educacionais, como os educadores, os gestores, os colegas e as famílias, por meio de questionários ou entrevistas, que podem conter perguntas sobre o seu comportamento, sua participação, sua colaboração, sua responsabilidade etc.

Já os instrumentos informais são aqueles que não seguem uma estrutura pré-definida, mas dependem da observação e do registro do educador. Eles podem ser aplicados a qualquer momento do processo de ensino e aprendizagem. Alguns exemplos são:

  • Observação: é um instrumento que permite que o educador acompanhe o desempenho dos estudantes durante as atividades realizadas em sala de aula ou fora dela, verificando se eles estão atentos, interessados, motivados, participativos etc.
  • Registro: é um instrumento que permite que o educador registre as informações coletadas pela observação ou por outros meios, anotando os dados relevantes sobre o desempenho dos estudantes em um caderno ou em um sistema informatizado.
  • Conversa: é um instrumento que permite que o educador dialogue com os estudantes sobre o seu processo de aprendizagem, esclarecendo dúvidas, dando orientações, elogiando avanços, sugerindo melhorias etc.
  • Feedback: é um instrumento que permite que o educador devolva aos estudantes os resultados da avaliação realizada por ele ou por outros agentes educacionais, informando-os sobre os seus pontos fortes e fracos e indicando-lhes os caminhos para a melhoria da aprendizagem.

Ambos instrumentos devem ser utilizados de forma combinada e equilibrada pelo educador. Os instrumentos formais permitem uma avaliação mais objetiva e padronizada do desempenho dos estudantes. Os instrumentos informais permitem uma avaliação mais subjetiva e personalizada do desempenho dos estudantes.

Saiba mais: Teorias, abordagens e metodologias de ensino. Vamos conhecer cada uma delas?

Avaliações Digitais da Compartilha e diversos tipos de avaliações

Alunos reunidos em uma mesa fazenda anotações enquanto usam computador

Você já conhece as Avaliações Digitais da Moderna Compartilha? Elas são um conjunto de instrumentos que permitem realizar uma avaliação educacional de qualidade, com dados precisos e confiáveis. Elas são aplicadas por meio de uma plataforma online, que oferece diversas funcionalidades para facilitar o trabalho dos educadores e dos gestores escolares.

Entre elas, podemos destacar três tipos principais: Creare, Alpha e Pleno. Cada tipo tem um objetivo específico e um público-alvo diferente. Conheça melhor:

Creare

É uma avaliação diagnóstica, que tem como objetivo identificar o nível de aprendizagem dos estudantes no início do ano letivo, verificando os conhecimentos prévios que eles possuem sobre os conteúdos que serão trabalhados ao longo do ano. 

Ela é aplicada aos estudantes do Ensino Fundamental I (do 1º ao 5º ano) e do Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano).

Alpha

É uma avaliação formativa, que tem como objetivo acompanhar o desenvolvimento dos estudantes ao longo do ano letivo, verificando se eles estão atingindo os objetivos de aprendizagem propostos para cada bimestre. 

Ela é aplicada aos estudantes do Ensino Fundamental I (do 1º ao 5º ano) e do Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano).

Pleno

É uma avaliação somativa, que tem como objetivo verificar o desempenho dos estudantes ao final do ano letivo, comparando-os com os padrões de qualidade estabelecidos pelos sistemas de ensino. 

Ela é aplicada aos estudantes do Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano) e do Ensino Médio (do 1º ao 3º ano).

As Avaliações Digitais da Moderna Compartilha têm como vantagens:

  • Avaliar os estudantes de forma abrangente, considerando os diferentes tipos de conhecimentos, habilidades e atitudes;
  • Avaliar os estudantes de forma alinhada, seguindo os parâmetros curriculares nacionais e estaduais, bem como as matrizes de referência do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem);
  • Avaliar os estudantes de forma personalizada, adaptando-se aos diferentes níveis de aprendizagem dos mesmos, por meio de um sistema adaptativo que seleciona as questões mais adequadas para cada estudante;
  • Avaliar os estudantes de forma rápida e prática, utilizando uma plataforma online que permite a aplicação das provas em qualquer dispositivo conectado à internet, como computadores, tablets ou celulares;
  • Avaliar os estudantes de forma segura e confiável, utilizando uma plataforma online que garante a integridade e a validade dos dados coletados, por meio de sistemas de criptografia e de controle de acesso;
  • Avaliar os estudantes de forma interativa e lúdica, utilizando uma plataforma online que oferece recursos multimídia, como vídeos, áudios, imagens e animações, que tornam as provas mais atrativas e estimulantes.

Além das avaliações da Compartilha, existem outros tipos de avaliações que podem ser utilizados pelos educadores e pelos gestores escolares. Alguns exemplos são:

Avaliação interna

É aquela que é realizada pela própria escola, com o objetivo de verificar o desempenho dos estudantes e da instituição em relação aos seus objetivos educacionais. Ela pode ser feita por meio de instrumentos formais ou informais, como provas, trabalhos, portfólios, observação, registro, conversa, feedback etc.

Avaliação externa

É aquela que é realizada por um órgão ou entidade externa à escola, com o objetivo de verificar o desempenho dos estudantes e da instituição em relação aos padrões de qualidade estabelecidos pelos sistemas de ensino. 

Ela pode ser feita por meio de instrumentos formais, como provas padronizadas ou questionários socioeconômicos. Alguns exemplos de avaliações externas são o Saeb, o Enem, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) etc.

Avaliação participativa

É aquela que envolve a participação de diferentes agentes educacionais na avaliação dos estudantes e da instituição, como os educadores, os gestores, os colegas, as famílias e a comunidade. Ela pode ser feita por meio de instrumentos formais ou informais, como questionários, entrevistas, reuniões, assembleias, conselhos, etc.

Avaliação 360

É um tipo de avaliação participativa que permite que os estudantes sejam avaliados por diferentes agentes educacionais, como os educadores, os gestores, os colegas e as famílias, por meio de questionários ou entrevistas, que podem conter perguntas sobre o seu comportamento, sua participação, sua colaboração, sua responsabilidade etc.

Conclusão

A avaliação educacional é uma parte vital do processo de ensino-aprendizagem e desempenha um papel fundamental na melhoria da educação. É uma ferramenta que não apenas mede o conhecimento, mas também guia o aprendizado e o ensino de maneira mais eficaz. 

Com as Avaliações Digitais da Compartilha, como Creare, Alpha e Pleno, os educadores têm à disposição instrumentos modernos e flexíveis para atender às necessidades diversificadas de seus alunos. 

Ao compreender a importância da avaliação educacional e escolher as ferramentas certas, podemos continuar a elevar o padrão da educação para as gerações futuras.

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8 ideias para colocar em prática nas férias do seu filho

8 ideias para colocar em prática nas férias do seu filho

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Para algumas pessoas, especialmente as pequenas e os pequenos, parece que já estamos na reta final das férias. Mas, de qualquer modo, ainda há muito tempo para descansar e se divertir em casa ou durante as famosas viagens em família! Nessa etapa, há muitos adultos que já se perguntam sobre o que mais podem fazer om as crianças. Vamos pensar sobre?  

Além de ser um momento de dar um pause na rotina escolar, as férias escolares são uma ótima oportunidade para estreitar os vínculos entre pais, filhos, responsáveis e amigos. E tudo isso pode ser feito de maneira encantadora e lúdica, o que nos remete ao universo infinito de brincadeiras e atividades que podem ser adaptadas à realidade de cada grupo.  

Para trazer insights e inspiração, anote nossas dicas e ganhe aquele fôlego extra para colocar a criançada para gastar energia e aproveitar esse momento tão importante ao lado de quem está pronto para encarar tudo o que há de mais legal nesse período do ano!  

#1 CAÇA AO TESOURO 

Desenvolvendo habilidades como cooperação, resolução de problemas e trabalho em equipe, a brincadeira de caça ao tesouro é realizada com base em pistas que levam ao tesouro. Sendo assim, esconda um objeto e crie desafios que levarão a turma até a recompensa desejada. Importante: tenha em mente que uma pista deve abrir os caminhos para a próxima! Para estimular o raciocínio lógico, você pode criar charadas, como: “estou sempre sentada no sofá, mas não sou uma pessoa”. Sabe do que estamos falando? Acertou quem pensou em “almofada”!  

#2 BOLICHE 

Com uma torre de copos plásticos e uma bola, as crianças se divertem com o boliche caseiro! Além de estimular a coordenação motora, os pequenos ainda desenvolvem a matemática ao realizar a soma de pontos. Se possível, anote o número de acertos em cada rodada e, assim, crie uma jornada que levará ao nome do vencedor! 

#3 STOP 

Para as crianças que já foram alfabetizadas, o Stop ou Adedonha, é um jogo incrível para desenvolver ganho de vocabulário, velocidade na escrita e concentração; tudo embalado por uma boa competição saudável e divertida. Basicamente, é necessário uma folha de papel em que você possa fazer divisões relacionadas aos temas, como: nome, cor, lugar, comida, banda ou artista e música. Aqui, não há um padrão e quem dita as regras é a criatividade. Depois, realize o sorteio de uma letra e preencha as categorias com palavras que comecem com ela. Para ficar mais claro, imagine que temos colunas com as categorias ditas acima e a letra sorteada é a letra “A”. Os blocos poderiam ser preenchidos com: 

NOME – Ana 

COR – Amarelo 

LUGAR – Amapá 

COMIDA – Arroz 

BANDA – Arnaldo Antunes 

MÚSICA – A Letra A (Nando Reis) 

A ideia é preencher os campos o mais rápido possível, de modo que a primeira pessoa a terminar deve gritar “Stop”. Neste momento, todos param de escrever. A mecânica de pontuação é bem simples: cada resposta correta vale 10 pontos e as respostas repetidas deverão pontuar 5 pontos. O vencedor é aquele que somar a maior pontuação!  

#4 PINTURA COM ÁGUA 

Que tal pintar sem tinta? Com apenas papelão e água, as crianças se divertem com a ideia de pintar com água. Sem bagunça e sujeira, essa é uma ótima opção, pois basta molhar o pincel e passar no papelão para criar figuras. Utilizando a criatividade e a imaginação, os pequenos vão achar incrível ver suas obras sendo criadas com apenas água.  

#5 TRAVA-LÍNGUA 

Além de estimular a fala, o trava-língua é uma maneira divertida de ampliar o vocabulário. 

Comece sempre por frases mais simples e, depois, vá aumentando a dificuldade conforme for necessário. Algumas ideias são: 

  • O rato roeu a roupa do rei de roma.  
  • Chega de cheiro de cera suja. 
  • Pedro pregou um prego na porta preta. 

  • Teto sujo, chão sujo. 

#6 MASSINHA CASEIRA 

Que tal colocar a mão na massa, literalmente?  

A massinha caseira é um sucesso entre as crianças! Além disso, é uma brincadeira divertida e que trabalha a imaginação. Os pequenos ainda têm a oportunidade de fazer a sua própria massinha, estimulando uma pegada maker. Então, anote a receita: 

  • 4 copos de farinha de trigo 

  • 1 copo de sal 
  • 1 copo e meio de água 
  • 2 colheres de sopa de óleo 
  • 1 colher de sopa de vinagre 
  • Corante alimentar  

Junte os ingredientes e misture com as mãos. Se ficar muito seco, acrescente água, mas caso a massa fique mole demais, adicione mais farinha até dar o ponto de massinha de modelar. Por fim, adicione o corante para dar cor e, depois, é só deixar a imaginação fluir!  

#7 DOBRADURAS 

Criar com as próprias mãos é sempre um sucesso! Então, aposte nas dobraduras e crie aviões, barcos e até mesmo fantoches.  

Essa atividade promove o desenvolvimento da coordenação motora e da imaginação. Afinal, após realizar a dobradura, as crianças podem colorir as figuras criadas da maneira que preferirem.  

Para deixar essa atividade mais fácil, reunimos alguns tutoriais do canal Guiainfantil Brasil que você pode utilizar: 

#8 JOGOS DE TABULEIRO 

Os tradicionais jogos de tabuleiro sempre são uma ótima opção para se divertir com as crianças, mas vão muito além da diversão! Geralmente, estimulam a concentração e a competitividade.  

Alguns exemplos de jogos que você pode utilizar são: 

  • Xadrez
  • Dama
  • Ludo

E aí, partiu brincar? 1, 2, 3: tá com você! 

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A volta às aulas é um grande desafio para toda a comunidade escolar: enquanto os professores e a coordenação se preparam para um novo ano letivo recheado de desafios; os estudantes podem experimentar diversos sentimentos, desde a euforia por rever os amigos, até o saudosismo pelos momentos de descanso. Já os que chegam agora à escola podem vivenciar um período de insegurança e incerteza.  Claro, não podemos deixar os pais e os responsáveis de fora dessa equação, já que há um receio natural a respeito de como os filhos irão lidar com esse momento.  

Sabemos que, principalmente para os estudantes da Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais, há um período de adaptação na volta às aulas e esse tempo é essencial para os próximos meses. Sendo assim, a escola deve estar pronta  para lidar com essa situação com tranquilidade e acolhimento. Do outro lado, os responsáveis podem trazer o assunto em conversas familiares, de diferentes maneiras, enfatizando a importância da escola e os lados positivos de voltar à rotina. Pensando nisso, reunimos 4 dicas que podem auxiliar os pais neste momento tão importante. 

#1 Preparação  

Da compra do material escolar ao uniforme, envolva o estudante nos preparativos sempre que possível! Isso vale também para os pontos mais simples, como a identificação dos objetos que farão parte da rotina. Além de já irem entrando no clima, há a oportunidade de estimular o senso de responsabilidade com esses elementos que acompanharão o estudante ao longo de todo ano. Na véspera do início das aulas, realize a organização em equipe: chame o aluno para que ele escolha a roupa que vai usar para ir ao colégio, separe os materiais que serão utilizados no primeiro dia e já programe o lanche que será enviado. Tudo isso pode parecer simples, mas as atividades compartilhadas têm a capacidade de fazer com que as crianças se sintam muito mais pertencentes e tenham um início de ano letivo muito mais tranquilo. Outra dica é fazer o percurso até a escola e, quem sabe, aproveitar o trajeto para compartilhar experiências que possam inspirar! 

#2 Pontos positivos 

Nem toda criança entende com clareza o motivo pelo qual frequenta a escola. Afinal, em um mundo tão repleto de atividades, estudar pode ser tido como apenas uma obrigação. Desta maneira, é importante que os responsáveis expliquem  porque o aluno vai à escola todos os dias e o quanto é importante e gostoso aprender. Para que isso seja mais lúdico e palpável para o estudante, diga coisas boas sobre a escola, fale sobre as atividades que serão realizadas e destaque aquilo que mais pode chamar a atenção, como: pintar, brincar, cantar e fazer amigos! Deixe também que ele relembre o que gostava de fazer no ano anterior. Há inúmeros pontos que podem ser abordados nessa conversa e que vão deixar a criança animada e disposta para ir ao colégio.  

#3 Rotina 

Criar uma rotina é essencial para que a criança entenda quais atividades serão realizadas ao decorrer do dia e da semana. Sendo assim, sinalize o horário em que ela estará na escola, quando realizará as refeições, o dever de casa e a hora de dormir, por exemplo, além dos momentos livres e de brincadeiras. Com isso, o aluno passará a criar hábitos, entenderá que deve cumprir todas as atividades listadas e saberá que os momentos mais divertidos também tem lugar no seu dia-a-dia. Inclua as pequenas e os pequenos no planejamento familiar, atribuindo, dentro do possível, responsabilidades e tomadas de decisão. 

#4 Pergunte sobre o dia  

A atenção dos responsáveis é essencial durante todo ano letivo, mas, no início do ano é primordial que eles estejam mais próximos e acompanhem os alunos. Sendo assim, demonstre interesse sobre o dia da criança na escola e faça perguntas além do tradicional questionamento “como foi o seu dia na escola?”.  Aproveite para perguntar sobre os colegas, os novos professores, o que foi aprendido no dia, como foi o intervalo e se o estudante está gostando de ir para escola. Repare se há algum tipo de mudança de comportamento, já que nem sempre os mais novos têm a capacidade de elaborar sentimentos; sem falar no receio de parecerem inadequados ao fazerem algum tipo de reclamação. Esteja pronto para acolher, dividir suas experiências e demonstrar que a escola é um universo de grandes oportunidades! 

Como você notou, é possível fazer do período de adaptação um processo leve e tranquilo, colocando essas dicas em prática. Você, como responsável, é a maior referência do seu filho. Por isso, esteja perto das crianças durante esse momento e estimule a confiança delas. 

Bom início de ano a todos!

 

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O papel do professor quando assume o espaço de curador em nome de experiências que levem à aprendizagem

O papel do professor quando assume o espaço de curador em nome de experiências que levem à aprendizagem

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Hoje, a geração dos chamados “nativos digitais” não é capaz de imaginar como era a vida antes da existência de ferramentas e dispositivos, como Google e smartphones, respectivamente. E o que dizer, então, das famosas enciclopédias, que muitos de nós tivemos como importante fonte de pesquisa na hora de realizar trabalhos escolares quando éramos estudantes? Há, entre os mais jovens da geração Z, aqueles que sequer tiveram contato com clássicos da literatura em sua forma física. Esses são apenas alguns indicativos de como a maneira como nos relacionamos com os gestos de ensinar e aprender mudou radicalmente e segue em constante transformação em função de transformações macro, capazes de alterar hábitos e comportamentos de toda uma sociedade. Diante desse cenário, há que se pensar que mudam também os perfis e os papéis do professor, que, mais do que nunca, se vê na desafiadora posição de curador.

Pode-se dizer, inclusive, que o professor curador é um símbolo da educação no Século 21, um período pautado pela hiperconectividade. O papel desse profissional tão essencial para qualquer sociedade vai além de “filtrar” conteúdos confiáveis para que possam ser disseminados entre os alunos. Também é dele a responsabilidade de fazer com que os discentes desenvolvam a habilidade de julgar, por conta própria, o que é ou não é válido em meio à chamada “infodemia” nascida com a internet: o fluxo infinito de informações que se espalha em alta velocidade na rede, muitas vezes sem checagem adequada.

Nem todo conteúdo é rei

Em 1996, Bill Gates, fundador do verdadeiro império chamado Microsoft, escreveu um artigo intitulado “Content is king” (“conteúdo é rei”). Nesse texto, ele falava a respeito de suas visões sobre a importância do conteúdo na era da internet. A frase que dá nome ao artigo se tornou célebre e, basicamente, previu o mundo em que vivemos hoje: quando o assunto é o universo online, os criadores de conteúdo são a força motriz da produção cultural e, também, financeira. Mas, como em outras esferas da vida, para cada conteúdo de qualidade, há incontáveis outros sem qualquer embasamento. Pior: há outros tantos que nem mesmo têm compromisso com a verdade. Não à toa, a expressão “fake news” tornou-se corriqueira e muito utilizada especialmente em tempos recentes, de eleições (em 2017, foi inclusive eleita “palavra do ano” pelo prestigiado dicionário Collins).

Nesse contexto, a figura do curador passou a ganhar cada vez mais importância. Para se ter uma base de comparação, nos bastidores de aplicativos como o TikTok, por exemplo, há times de curadores responsáveis por destacar conteúdos com mais potencial de engajamento. Nem todo trabalho de seleção do que vai pegar fica a cargo de algoritmos e associações ao acaso.

Os nativos digitais crescem com todo o conteúdo do mundo à disposição, a apenas um clique de distância: de informação a filmes, passando por música e toda sorte de entretenimento. Mas esses jovens muitas vezes não estão mental e intelectualmente equipados para selecionar o que é de fato um conteúdo de qualidade e, em inúmeras situações, nem mesmo distinguir o que é verídico. Um exemplo dessa inabilidade frente ao oceano de conteúdo na internet veio sob a forma de um número alarmante: em 2021, informações do relatório “Leitores do século 21: desenvolvendo habilidades de alfabetização em um mundo digital”, divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostraram que 67% dos alunos brasileiros de 15 anos (quase sete em cada dez) não eram capazes de diferenciar entre fatos e opiniões. O relatório foi feito com base nos resultados do Pisa 2018 (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).

Pandemia e a disseminação do ensino EAD

A necessidade do ensino a distância durante a pandemia de Covid-19 escancarou ainda mais a importância de o professor abraçar o papel de curador. Com o processo de aprendizagem ocorrendo majoritariamente no ambiente online, o docente se viu diante da necessidade de encontrar as melhores ferramentas para a disseminação de conhecimento por meio de dispositivos que trazem a tecnologia com grande mediadora do processo de aprendizagem. Coube a ele fazer a curadoria não só do conteúdo que melhor se adaptava a esse contexto, como também curar as ferramentas digitais mais adequadas.

O professor curador é parte essencial dos paradigmas educacionais da atualidade: sai de cena a figura do “mestre”, posto que é assumido pela figura do “facilitador”, do “orientador” e, claro, do curador.

O que mudou, afinal?

O uso da internet no meio educacional, maior a cada dia que passa, promove uma alteração crucial nos processos de aprendizagem: antes, o professor era visto como o principal detentor de dados/informações e era responsável por transmitir essas informações aos estudantes. Hoje, dados e informações estão disponíveis em larga escala para qualquer pessoa com acesso a dispositivos conectados à internet. Isso não significa, no entanto, que qualquer um pode se tornar autodidata se tiver acesso ao Google. É aí que entra o professor como um orientador, como aquele que irá facilitar a construção de conhecimento por parte dos estudantes ao guiá-los frente à vastidão de informações disponíveis. É também nesse contexto que é possível enxergar a importância de o professor atuar como curador.

O perfil do professor curador

O professor curador é um profissional em constante atualização. Para oferecer a melhor trilha de conteúdo e as melhores ferramentas aos alunos, é preciso que ele próprio estude de maneira constante, mantendo-se à frente do que acontece no universo acerca da disciplina lecionada. “Trilha”, aliás, é uma palavra-chave: o professor curador é responsável por selecionar conteúdos que facilitam ao aluno criar uma trilha individual de aprendizado. “Mais interessante que elaborar novos conteúdos, o professor curador direciona seus esforços para identificar conteúdos existentes e elaborar uma trilha para o aprendizado dos jovens”, resumiu Miguel Thompson, ex-Diretor Acadêmico da Fundação Santillana no Brasil, morto em 2021.

A aprendizagem ativa serve muito bem a esse contexto: usando os materiais propostos pelo professor curador, o aluno pode ser guiado a assumir uma postura ativa na busca e na implementação do conhecimento de maneira prática. Também é importante que os conteúdos selecionados para as aulas sejam instigantes, para engajar os alunos.

Além da curadoria propriamente dita, esse “novo” professor deve buscar algumas outras habilidades, entre elas: capacidade de liderança por meio do exemplo (já que a figura do professor autoritário é ultrapassada), competências socioemocionais (para guiar os alunos no desenvolvimento da empatia e no gerenciamento de emoções, ambas caract
erísticas valorizadas no mercado de trabalho atual) e interdisciplinaridade (para implementar a resolução de problemas por meio da transversalidade entre diferentes áreas de conhecimento).

Experiências de aprendizagem

No momento em que o professor passa de detentor exclusivo do conhecimento para facilitador da aprendizagem, nasce a necessidade de se  pensar a respeito de como fazer com que o aluno aprenda de fato. O paradigma do “estudar para decorar”, por exemplo, caiu por terra: o que se busca hoje é que seja construído conhecimento que de fato sirva ao aluno.

Sai a “decoreba”, entram novas possibilidades, como a aprendizagem ativa. Fazer com que o aluno se torne o centro do processo de aprendizagem é um dos caminhos para o professor como curador. Nesse cenário, o professor oferece ao aluno as ferramentas para que ele deixe de lado a postura passiva de ouvinte e participe de atividades que o façam pensar de maneira prática sobre determinado assunto, disciplina ou problema.

É importante ter em perspectiva que todo professor faz curadoria em um momento ou outro. Mas, no contexto de assumir de fato a postura de professor curador, deve-se olhar para o processo da curadoria e para os objetivos desse processo. Trocar experiências com outros professores também pode ser muito valioso.

Como se faz curadoria

O conhecimento amplo, profundo e atualizado sobre um assunto, aliado à capacidade de análise crítica e ao poder de decisão é o mix que faz de alguém um bom curador. No processo curatorial, há três etapas básicas: pesquisa, seleção e divulgação/compartilhamento. O professor deve realizar esse ciclo sempre tendo em mente qual tipo de conteúdo tem maior possibilidade de atrair e engajar os alunos, sem deixar de servir ao que é proposto pela instituição de ensino e currículo da disciplina em si.

Formando cidadãos com capacidade analítica e crítica

Na era das fake news, é essencial ao professor formar cidadãos com capacidade crítica e analítica, capazes de encontrar fontes confiáveis, analisar dados por conta própria e embasar opiniões por meio de pesquisa.

Como exposto acima, o curador precisa ser um exímio conhecedor do objeto da curadoria, visto que ele é responsável por selecionar o que há de mais representativo dentro de um determinado universo. O mesmo fenômeno ocorre com o professor curador: muito depois de ter se formado em uma determinada área, esse profissional precisa se manter estudando, atualizado no que ocorre em seu campo de pesquisa, para assim proporcionar uma aprendizagem contemporânea. Mas não é apenas isso. O professor curador deve formar “curadores” em potencial. Não no sentido de carreira profissional, mas num sentido mais amplo e, talvez, mais urgente: é preciso que esses jovens tenham a capacidade de filtrar as informações que recebem, fazendo também uma espécie de curadoria antes de tomar algo como fato ou de repassar uma informação ao seu círculo social.

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Como estimular a leitura em jovens digitais?

Como estimular a leitura em jovens digitais?

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Em um mundo com tanta oferta de estímulos e informação, como criar e incentivar o hábito da leitura entre as crianças e os jovens? Como estabelecer as condições necessárias para que um livro – ou qualquer outro produto cultural baseado na escrita – possa ser consumido de forma equilibrada pelos indivíduos frente à praticidade e ao entretenimento encontrados, por exemplo, nas redes sociais e nos streamings de conteúdo audiovisual?

“Questões tão complexas não costumam apresentar respostas definitivas, o que pode ser visto como um convite para testarmos diferentes abordagens e, assim, desenharmos estratégias customizadas para cada pessoa ou grupo de pessoas”, comenta Leonardo Rabelo, Gerente de Serviços Educacionais da Santillana Educação.

“Especialmente em um país como o Brasil, pautado por uma enorme diversidade de hábitos e costumes, temos que estar dispostos a colocar em prática ações que se complementem e que tenham relação direta com o universo da criança e do jovem que queremos atrair para o contexto da leitura”, complementa Leonardo.

Pensando nisso, preparamos um grupo de dicas para quem quer aumentar a comunidade de leitores no país!

  • • Assuma o papel do influenciador – Isso mesmo: seja o leitor que você quer ver nas outras pessoas! Em um cenário marcado por relações cada vez mais horizontais, as referências podem ser mais eficientes do que os pedidos. Em outras palavras: demonstrar, genuinamente, o seu prazer e os benefícios que a leitura traz para você deve ser o primeiro passo para despertar a curiosidade nas crianças e nos jovens, que naturalmente estão em busca de inspiração.
  • • Curadoria de histórias que fazem sentido para quem lê – Na hora de indicar uma leitura, fuja do padrão, das listas já conhecidas e surpreenda-se! Ao nos desvencilharmos da ideia de que apenas os clássicos têm valor, por exemplo, ampliamos as possibilidades de encantar as pessoas. Em vez de pensar “o que eu gostaria de ler?”, coloque-se no lugar da outra pessoa e imagine o que vai fazer sentido para ela.
  • • Longo prazo – Criar o hábito da leitura é proporcionar à pessoa um estilo de vida que possa lhe acompanhar em todas as etapas de sua jornada. Por isso, mais do que a preocupação inicial com as “quantidades”, faça questão de proporcionar momentos de qualidade.
  • • Faça uso das tendências – Que tal intercalar o fichamento dos pontos mais importantes com a criação de um Reels ou um vídeo nos moldes do que fazem sucesso no TikTok? Inclusive, há muitos influenciadores digitais especializados em leitura e eles certamente podem ser uma ótima fonte de inspiração para quem vive antenado nas redes sociais.
  • • Abrace as tecnologias – Estimule experiências em que a tecnologia desempenha um papel interessante para quem busca a leitura. Para os pequenos, por exemplo, é possível explorar aplicativos que geram mais interatividade e imersão ao longo da história. Para os jovens, os aparelhos de leitura digital podem ser ótimas companhias para deslocamentos e passeios.
  • • Incentive a escrita – Assumir o protagonismo na contação de histórias é uma ótima pedida! Afinal, além de um grande estímulo à criatividade e várias outras habilidades relacionadas à escrita, ao terem a sensação de que também são autores, as crianças e os jovens se sentem mais próximos dos homens e mulheres que dão vida aos livros que chegam até eles.

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