Escritores brasileiros: descubra a vida e obra dos principais autores da literatura nacional

Escritores brasileiros: descubra a vida e obra dos principais autores da literatura nacional

Pedro Bandeira sentado à escrivaninha com as mãos apoiadas no queixo.

A literatura infanto-juvenil brasileira é uma das mais ricas e diversificadas do mundo. Ela abrange desde os clássicos da oralidade, como as lendas e os contos populares, até as obras contemporâneas que retratam os desafios e as alegrias da juventude no século XXI. 

Neste texto, vamos conhecer um pouco mais sobre a vida e a obra de alguns dos principais escritores brasileiros que se dedicaram a esse gênero literário, como Ruth Rocha e Pedro Bandeira. Eles são responsáveis por criar personagens inesquecíveis e histórias que encantam gerações de leitores. Vamos lá? Boa leitura!

Principais escritores brasileiros e suas contribuições para a literatura

A literatura infanto-juvenil brasileira é um campo rico e diverso, que conta com a contribuição de vários autores que marcaram gerações de leitores. Neste texto, vamos apresentar 15 escritores brasileiros que se destacaram nesse gênero, com suas obras mais representativas e suas características literárias.

1. Monteiro Lobato

Considerado o precursor da literatura infanto-juvenil no Brasil, Lobato criou personagens inesquecíveis como Emília, Narizinho, Pedrinho e o Visconde de Sabugosa, que vivem aventuras no “Sítio do Picapau Amarelo”. Suas obras misturam elementos do folclore, da cultura e da história brasileiras, com referências da literatura universal e da ciência.

2. Cecília Meireles

Poeta consagrada, Meireles também dedicou parte de sua produção aos leitores infantis e juvenis. Suas obras nesse gênero se caracterizam pela musicalidade, pela imaginação e pela sensibilidade, explorando temas como a natureza, a infância, os animais e os sonhos. Alguns exemplos são “Ou isto ou aquilo”, “Colar de Carolina” e “O menino azul”.

3. Ziraldo

Cartunista, jornalista e escritor, Ziraldo é um dos nomes mais populares da literatura infanto-juvenil brasileira. Seu livro mais famoso é “O menino maluquinho”, que narra as peripécias de um garoto cheio de imaginação e criatividade. Ziraldo também criou personagens como o “Menino da Lua”, a “Menina Nina” e a “Turma do Pererê”.

4. Ruth Rocha

Autora de mais de 100 livros para crianças e jovens, Ruth Rocha é uma referência na literatura infanto-juvenil brasileira. Suas obras abordam temas como a ética, a cidadania, a diversidade e a inclusão social, com uma linguagem lúdica e bem-humorada. Alguns de seus livros mais conhecidos são “Marcelo, Marmelo, Martelo e outras histórias”, “Bom dia, todas as cores!” e “A árvore do Beto”.

Inclusive, a obra “Marcelo, Marmelo, Martelo”, ganhará uma adaptação em formato de série, que será lançada no Paramount Plus em 8 de julho de 2023. A série promete levar para as telinhas toda a magia e diversão presentes na obra original.Os fãs de Ruth Rocha poderão se deliciar com as aventuras do personagem Marcelo e suas brincadeiras com as palavras.

5. Ana Maria Machado

Jornalista, professora e escritora, Ana Maria Machado é uma das autoras mais premiadas da literatura infanto-juvenil brasileira. Suas obras se destacam pela originalidade, pela intertextualidade e pelo diálogo com o leitor. Entre seus livros mais famosos estão “Bisa Bia, Bisa Bel”, “Menina bonita do laço de fita” e “Canteiros de Saturno”.

6. Lygia Bojunga Nunes

Psicóloga, atriz e escritora, Lygia Bojunga Nunes é uma das pioneiras na literatura infanto-juvenil brasileira com temática psicológica. Suas obras abordam questões como a identidade, a família, a morte e a solidão, com uma linguagem poética e metafórica. Alguns de seus livros mais aclamados são “A bolsa amarela”, “Os colegas” e “Corda bamba”.

7. Pedro Bandeira

Professor, jornalista e escritor, Pedro Bandeira é um dos autores mais lidos pelos jovens brasileiros. Suas obras se caracterizam pelo ritmo ágil, pelo suspense e pelo humor, tratando de temas como a amizade, o amor, a violência e a corrupção. Seu livro mais famoso é “A droga da Obediência”, que faz parte da série “Os Karas”.

8. Marina Colasanti

Jornalista, artista plástica e escritora, Marina Colasanti é uma das autoras mais premiadas da literatura infanto-juvenil brasileira. Suas obras se inspiram na tradição dos contos de fadas, mas com uma abordagem crítica e contemporânea, questionando estereótipos de gênero e aspectos sociais. Alguns exemplos são “Uma Ideia Toda Azul”, “Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento” e “Contos de Amor Rasgados”.

9. Luís Fernando Veríssimo

Escritor, humorista e cronista, Luís Fernando Veríssimo também se aventurou na literatura infanto-juvenil, com obras que divertem e provocam os leitores. Seus livros nesse gênero se baseiam em personagens como o detetive Ed Mort, o analista de Bagé e a família Brasil. Alguns títulos são O nariz e outras crônicas, As cobras em… e Aventuras da família Brasil.

10. Eva Furnari

Artista plástica e escritora, Eva Furnari é uma das autoras mais criativas da literatura infanto-juvenil brasileira. Suas obras se destacam pela inventividade, pelo humor e pela interação com o leitor, explorando recursos visuais e textuais. Alguns de seus livros mais conhecidos são “Bruxinha Zuzu”, “Drufs”, “Cacoete” e “Bililico”.

11. Moacyr Scliar

Médico, professor e escritor, Moacyr Scliar foi um dos grandes nomes da literatura brasileira contemporânea, com obras para adultos e para crianças e jovens. Suas obras infanto-juvenis se inspiram na cultura judaica, na história do Brasil e na mitologia, com uma linguagem simples e envolvente. Alguns exemplos são “O mistério da casa verde”, “O tio que flutuava” e “A colina dos suspiros”.

12. Bartolomeu Campos de Queirós

Professor, crítico literário e escritor, Bartolomeu Campos de Queirós foi um dos autores mais sensíveis da literatura infanto-juvenil brasileira. Suas obras se caracterizam pela poesia, pela delicadeza e pela reflexão sobre temas como a memória, a infância, a arte e a morte. Alguns de seus livros mais elogiados são “Vermelho amargo”, “O peixe e o pássaro” e “O olho de vidro do meu avô”.

13. Thalita Rebouças

Jornalista e escritora, Thalita Rebouças é uma das autoras mais populares entre os jovens leitores brasileiros. Suas obras se baseiam no cotidiano, nos dilemas e nos sonhos dos adolescentes, com uma linguagem coloquial e divertida. Alguns de seus livros mais vendidos são “Fala sério, mãe!”, “Tudo por um pop star” e “Ela disse, ele disse”.

14. Ilan Brenman

Psicólogo, professor e escritor, Ilan Brenman é um dos autores mais prolíficos da literatura infanto-juvenil brasileira. Suas obras se inspiram em contos populares, lendas, fábulas e mitos de diversas culturas, com uma linguagem dinâmica e bem-humorada. Alguns exemplos são “O Livro secreto das princesas que soltam pum”, “Pai, quem inventou?” e “O que cabe num livro?”.

15. Walcyr Carrasco

Escritor, dramaturgo, cronista e roteirista, Walcyr busca equilibrar em suas obras acontecimentos importantes da vida na sociedade para conscientizar o jovem, com a fantasia que encanta e faz qualquer criança sonhar. 

Alguns exemplos são “Cadê o Super-Herói”, “Asas do Joel”, “Camarões X Tartarugas – A Grande Copa do Mar”, “Vida de Droga”, “Estrelas Tortas”, “Irmão Negro” e “A Corrente da Vida”.

Biografias, obras marcantes e prêmios dos autores renomados

mesa antiga com máquina de escrever vintage, luminárias, xícara de café e óculos.

Conheça um pouco mais sobre a história de vida e obra dos escritores brasileiros renomados a seguir.

Walcyr Carrasco 

Nasceu em Bernardino de Campos (SP), em 1951, e formou-se em Jornalismo pela USP. Escreveu mais de 50 obras de literatura infanto-juvenil e foi vencedor do Prêmio Jabuti pela adaptação e tradução de “Romeu e Julieta” para adolescentes. Também recebeu a menção de “Altamente Recomendável” da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil para muitos dos seus livros infanto-juvenis.

Ilan Brenman 

Nasceu em Israel em 1973 e veio para o Brasil com quatro anos de idade. Formou-se em Psicologia pela PUC-SP e fez doutorado em Educação pela USP. Escreveu mais de 70 livros infantis e suas obras foram traduzidas para vários idiomas e receberam diversos prêmios, como o Jabuti, o FNLIJ e o White Ravens. Ilan também realiza oficinas e palestras sobre literatura infantil pelo Brasil e pelo mundo.

Eva Furnari 

Nasceu na Itália em 1948 e veio para o Brasil com dois anos de idade. Formou-se em Arquitetura pela USP e começou a publicar seus livros em 1980. Escreveu e ilustrou mais de 60 livros infantis, com obras que abordam temas como criatividade, humor, fantasia e diversidade. Eva recebeu vários prêmios por seu trabalho, como o Jabuti, o APCA, o FNLIJ e o Prêmio Ibero-Americano SM de Literatura Infantil e Juvenil.

Pedro Bandeira 

Nasceu em Santos (SP) em 1942 e se formou em Ciências Sociais pela USP. Trabalhou como jornalista, editor e professor antes de se dedicar à carreira literária. Escreveu mais de 80 livros juvenis, os quais abordam temas como aventura, suspense, romance e humor. Pedro é um dos autores mais vendidos e premiados do Brasil, tendo recebido o Jabuti, o APCA, o FNLIJ e o Prêmio Machado de Assis.

Ruth Rocha 

Nasceu em São Paulo em 1931 e se formou em Ciências Políticas e Sociais pela USP. Trabalhou como jornalista, editora e professora antes de publicar seu primeiro livro infantil em 1967. Escreveu mais de 200 livros infantis que abordam temas como ética, cidadania, diversidade e cultura brasileira. Ruth recebeu vários prêmios por seu trabalho, como o Jabuti, o APCA, o FNLIJ e o Prêmio Hans Christian Andersen.

Panorama histórico da literatura brasileira e suas influências

livro aberto sobre uma pilha de livros com estante de livros ao fundo.

A literatura brasileira possui uma trajetória marcada por influências diversas, desde o período colonial até os dias atuais. No início, predominavam as obras de cunho religioso e literatura de informação, influenciadas pela cultura portuguesa. Com o Romantismo, no século XIX, surgiram escritores como Álvares de Azevedo e José de Alencar, que buscaram retratar o Brasil e seus conflitos sociais e amorosos.

No final do século XIX e início do século XX, o Modernismo trouxe uma renovação na literatura brasileira, rompendo com as tradições estabelecidas. Escritores como Mário de Andrade e Oswald de Andrade exploraram a identidade brasileira, valorizando o regionalismo e a diversidade cultural do país.

A partir da década de 1960, surgiram movimentos literários como o Realismo Mágico e o Regionalismo Crítico, que trouxeram uma nova forma de retratar a realidade brasileira. Autores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector e João Ubaldo Ribeiro marcaram época com suas obras inovadoras e estilos singulares.

Atualmente, a literatura brasileira continua em constante evolução, abordando temáticas sociais, questões de identidade e diversidade. Os escritores brasileiros têm conquistado reconhecimento nacional e internacional, contribuindo para a construção de uma literatura rica e diversificada.

O legado dos escritores brasileiros na cultura e identidade nacional

jovem aluna sorridente lê um livro de capa azul na biblioteca da escola.

O legado dos escritores brasileiros na cultura e na identidade nacional é um tema amplo e complexo, que envolve diversas dimensões históricas, sociais e políticas. 

Os autores, desde o período colonial até os dias atuais, contribuíram para a formação de uma literatura rica e diversa, que expressa as múltiplas facetas da realidade brasileira, suas contradições, desafios e potencialidades. Entre eles, devemos destacar:

  • Machado de Assis, considerado o maior romancista do país, que retratou com ironia e crítica a sociedade do século XIX; 
  • Clarice Lispector, que revolucionou a prosa brasileira com sua linguagem poética e introspectiva; 
  • Jorge Amado, que celebrou a cultura popular e afro-brasileira em seus romances; 
  • Carlos Drummond de Andrade, que renovou a poesia brasileira com seu estilo moderno e coloquial; 
  • Graciliano Ramos, que denunciou as mazelas sociais do Nordeste em suas obras; 
  • Cecília Meireles, que explorou temas universais como a morte, o amor e o tempo em sua poesia lírica; 
  • João Guimarães Rosa, que criou uma linguagem original e inventiva para narrar o sertão brasileiro; entre muitos outros. 

A literatura brasileira é também um instrumento de afirmação e resistência cultural, que dialoga com outras manifestações artísticas e intelectuais do país e do mundo. Reflete sobre questões fundamentais da identidade nacional, como a língua portuguesa, a mestiçagem, a regionalidade, a desigualdade social, a democracia, a violência, a religiosidade, a ecologia, entre outras. 

Os escritores brasileiros deixaram um legado inestimável para a cultura e a identidade nacional, que deve ser preservado, valorizado e difundido para as novas gerações.

Leitura recomendada: obras essenciais da literatura brasileira

duas crianças de 8 anos sorridentes leem um livro juntas.

Para os amantes da literatura brasileira infanto-juvenil, apresentamos algumas obras essenciais de escritores renomados. Esses autores têm conquistado crianças e jovens com suas histórias envolventes, personagens cativantes e temáticas relevantes. 

Os escritores brasileiros citados abaixo são parceiros do projeto da Moderna Compartilha e têm contribuído para a formação dos jovens leitores, proporcionando histórias envolventes, reflexivas e conectadas com a realidade atual: 

  • Ruth Rocha: em “Marcelo, Marmelo, Martelo”, Ruth brinca com as palavras e a sonoridade, estimulando a criatividade e a imaginação dos leitores;
  • Pedro Bandeira: em “A Droga da Obediência”, Pedro trata da importância de questionar e fazer escolhas conscientes, alertando sobre os perigos das influências negativas;
  • Eva Furnari: em “Felpo Filva”, Eva narra a história de um escritor solitário e suas tentativas de criar personagens cativantes;
  • Walcyr Carrasco: em “Vida de Droga”, Walcyr aborda temas como as drogas e suas consequências, levantando reflexões sobre escolhas e responsabilidades;
  • Ilan Brenman: em “O Alvo”, Ilan conta a história de um velho professor polonês do séculos XIX que ajudava as pessoas ao seu redor contando histórias.

Conclusão

Os escritores brasileiros deixaram um legado precioso na literatura nacional, tanto na literatura infanto-juvenil quanto em obras destinadas ao público adulto. Suas contribuições para a cultura e identidade brasileira são inestimáveis, abordando temas relevantes e despertando o prazer pela leitura.

Para educadores preocupados em despertar o interesse dos alunos pela leitura, é fundamental conhecer e explorar a obra desses escritores. Através de suas histórias envolventes, é possível criar conexões entre os conteúdos curriculares e a realidade dos estudantes, incentivando o aprendizado e o desenvolvimento integral.

Além disso, é importante estar atualizado sobre as metodologias de ensino e recursos pedagógicos digitais, buscando a junção entre materiais didáticos físicos e virtuais. 

Gostou deste conteúdo? Então, descubra quando é o dia do coordenador pedagógico e aprenda mais sobre esse importante profissional da educação!

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Cultura Maker: conheça a origem, importância e benefícios para a Educação

Cultura Maker: conheça a origem, importância e benefícios para a Educação

grupo de três estudantes diversos composto por dois meninos e uma menina sorridentes manuseando cabos durante uma aula prática.

A Cultura Maker tem ganhado cada vez mais espaço na educação, despertando o interesse de educadores, alunos e entusiastas da inovação. Esse movimento, que busca promover a criatividade, o protagonismo e o aprendizado prático, tem se mostrado uma abordagem estimulante e relevante para o contexto educacional atual. 

Neste artigo, vamos explorar a origem do termo, como ela funciona, sua importância na educação, benefícios para as escolas e o papel do educador nesse processo. Acompanhe!

O que é Cultura Maker?

A Cultura Maker refere-se a um movimento que valoriza a criação, a experimentação e a aprendizagem prática. É um espaço onde as pessoas são incentivadas a projetar, prototipar e construir objetos tangíveis utilizando tecnologias acessíveis, como impressoras 3D, cortadoras a laser, eletrônica e programação. 

É uma abordagem que estimula a criatividade, o trabalho colaborativo e o desenvolvimento de habilidades como resolução de problemas, pensamento crítico e capacidade de adaptação.

Qual é a sua origem? 

O conceito tem suas raízes nos movimentos do “Do It Yourself” (Faça Você Mesmo) e “Do It With Others” (Faça com Outros), que ganharam força nas décadas de 1960 e 1970. O crescimento da tecnologia e a disponibilidade de ferramentas acessíveis abriram caminho para a expansão dessa cultura. 

O movimento ganhou ainda mais impulso com a popularização dos hackerspaces, fab labs e makerspaces, espaços físicos onde as pessoas podem compartilhar conhecimento, habilidades e recursos para criar projetos.

Como funciona a Cultura Maker?

aluna adolescente manuseando argila em uma aula prática de artes.

Ela funciona como um ambiente de aprendizado ativo, onde os participantes são encorajados a explorar, experimentar e criar. Nesse contexto, os recursos tecnológicos são utilizados como ferramentas para materializar as ideias e solucionar problemas reais. A aprendizagem se dá por meio da prática, da colaboração e da reflexão sobre as experiências vivenciadas.

Sua principal característica é a ênfase no processo, valorizando a interação, o erro como oportunidade de aprendizado e o compartilhamento do conhecimento. Os participantes são incentivados a investigar, planejar, prototipar, testar e aprimorar suas criações utilizando recursos e técnicas diversificadas.

Como é a aplicação da Cultura Maker na educação?

Sua aplicação na educação pode ocorrer em diferentes contextos. Muitas escolas têm adotado a abordagem maker em suas práticas pedagógicas, integrando-a ao currículo e promovendo projetos interdisciplinares. Os alunos são desafiados a identificar problemas, projetar soluções, construir protótipos e compartilhar seus resultados.

A Cultura Maker também pode ser explorada por meio de atividades extracurriculares, clubes e espaços makers dentro das escolas. Esses ambientes proporcionam aos estudantes a oportunidade de explorar sua criatividade, desenvolver habilidades técnicas, trabalhar em equipe e enfrentar desafios reais. Veja abaixo algumas dicas práticas para implementá-la no dia a dia escolar.

Espaço maker

Dedique um espaço físico na escola para a prática da Cultura Maker. Esse espaço pode ser uma sala específica, um laboratório ou até mesmo uma área adaptada. Certifique-se de que o ambiente seja seguro, equipado com ferramentas, materiais e tecnologias adequadas para os projetos dos alunos.

Desafios e projetos

Proponha desafios e projetos que envolvam a solução de problemas reais. Estimule os estudantes a identificar questões que os interessam e os motive a criar soluções por meio do design e da construção de protótipos. Promova a interdisciplinaridade, integrando conteúdos das diferentes disciplinas.

Ferramentas e materiais

Disponibilize uma variedade de ferramentas e materiais para que os alunos possam utilizar em seus projetos. Isso inclui desde ferramentas manuais básicas, como martelos e alicates, até equipamentos digitais mais avançados, como impressoras 3D, cortadoras a laser e placas de desenvolvimento.

Saiba mais: Os benefícios das ferramentas digitais na educação: como elas podem melhorar o aprendizado e aumentar a eficiência na escola.

Colaboração e compartilhamento

Incentive a colaboração entre os estudantes, promovendo o trabalho em equipe e a troca de conhecimentos. Estimule-os a compartilhar seus projetos, ideias e aprendizados com a comunidade escolar, seja por meio de exposições, feiras ou apresentações.

Integração de tecnologia

Utilize tecnologias digitais. Isso pode envolver o uso de softwares de modelagem 3D, programação, robótica e eletrônica. Explore aplicativos, plataformas e recursos online que possam enriquecer a experiência maker dos alunos.

Desenvolvimento de habilidades

O movimento Maker é uma oportunidade para os estudantes desenvolverem uma ampla gama de habilidades. Além das habilidades técnicas, como programação, soldagem e design, também são trabalhadas habilidades como pensamento crítico, resolução de problemas, colaboração, comunicação e perseverança.

Parcerias e redes

Estabeleça parcerias com instituições locais, empresas, universidades ou outros makerspaces. Essas parcerias podem proporcionar oportunidades de aprendizagem e troca de experiências, além de ampliar os recursos disponíveis para os projetos dos estudantes.

Aprendizado contínuo

Esteja aberto ao aprendizado contínuo e à atualização constante. O conceito Maker está em constante evolução, e é importante se manter atualizado sobre novas tecnologias, materiais e abordagens pedagógicas que possam enriquecer a experiência maker dos alunos.

Quais as teorias educacionais relacionadas à Cultura Maker?

Ela está alinhada com diversas teorias e abordagens pedagógicas contemporâneas. Uma delas é a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), que propõe a realização de projetos significativos e autênticos como forma de promover a aprendizagem. A ABP incentiva a investigação, a colaboração e a aplicação do conhecimento em contextos reais.

Outra teoria educacional relacionada é o Construcionismo, desenvolvido pelo professor Seymour Papert. Essa abordagem enfatiza o aprendizado por meio da construção de artefatos, incentivando a experimentação, a resolução de problemas e o compartilhamento de conhecimento.

Quais os benefícios da Cultura Maker nas escolas?

professor negro ensina grupo de quatro alunos adolecentes diversos composto por dois meninos e duas meninas em uma aula prática de engenharia.

O movimento Maker traz uma série de benefícios para as escolas e para os estudantes. Ela estimula a criatividade e o pensamento crítico, oferecendo aos alunos a oportunidade de serem protagonistas de seu próprio aprendizado. 

Ao projetar e construir objetos, os estudantes desenvolvem habilidades técnicas, como programação, eletrônica e design, ampliando suas competências para enfrentar os desafios do século XXI.

A abordagem maker também promove a colaboração e o trabalho em equipe, uma vez que muitos projetos são realizados de forma coletiva. Os alunos aprendem a compartilhar ideias, a respeitar as opiniões dos colegas e a trabalhar de forma cooperativa, habilidades essenciais para a vida em sociedade. Veja outras vantagens na prática a seguir.

Aprendizagem ativa

Coloca os estudantes como protagonistas do seu próprio aprendizado. Ao envolvê-los em projetos práticos e desafiadores, a abordagem maker promove uma aprendizagem ativa, na qual os alunos constroem conhecimento de forma significativa, experimentando, testando e resolvendo problemas reais.

Saiba mais: Vamos conversar sobre metodologias ativas e conhecer os modelos mais adotados?

Desenvolvimento de habilidades do século XXI

Incentiva o desenvolvimento de habilidades essenciais para o século XXI, como pensamento crítico, resolução de problemas, criatividade, colaboração, comunicação, trabalho em equipe e perseverança. Essas habilidades são fundamentais para o sucesso dos estudantes em um mundo cada vez mais complexo e dinâmico.

Estímulo à criatividade e inovação

Ao explorar diferentes materiais, ferramentas e tecnologias, estimula a criatividade e a inovação nos estudantes. Eles são encorajados a pensar de forma não convencional, a experimentar soluções diferentes e a buscar alternativas para resolver desafios.

Integração de conhecimentos

A abordagem maker promove a integração de conhecimentos de diferentes disciplinas, incentivando os estudantes a fazer conexões entre os conteúdos aprendidos em sala de aula e a aplicação prática no desenvolvimento de projetos. Isso contribui para uma aprendizagem mais significativa e contextualizada.

Autoconfiança e autoestima

Ao criar algo tangível, os estudantes experimentam uma sensação de realização e ganham confiança em suas próprias habilidades. Também valoriza o processo de tentativa e erro, encorajando os alunos a persistirem mesmo diante de desafios, o que fortalece sua autoestima e autoconfiança.

Engajamento e motivação

Desperta o interesse e a curiosidade dos estudantes, tornando a aprendizagem mais envolvente e motivadora. Ao trabalharem em projetos que são significativos para eles, os alunos se sentem mais engajados, o que resulta em uma maior dedicação e participação nas atividades escolares.

Resolução de problemas do mundo real

Incentiva os estudantes a abordarem problemas reais e a buscar soluções práticas e inovadoras. Isso os prepara para enfrentar desafios do mundo real, estimulando o pensamento crítico e a capacidade de encontrar soluções criativas para questões complexas.

Fomento à autonomia e autoria

Ao permitir que os estudantes tomem decisões, experimentem e sejam os criadores de seus próprios projetos, desenvolve a autonomia e a autoria dos alunos. Eles se tornam mais independentes, responsáveis e capazes de tomar iniciativas.

Preparação para o futuro

Promove habilidades e competências essenciais para o futuro dos estudantes, preparando-os para um mundo cada vez mais tecnológico, colaborativo e inovador. Ao desenvolver uma mentalidade maker, os alunos se tornam mais adaptáveis, criativos e capazes de enfrentar os desafios da sociedade atual e futura.

Quais são os 4 pilares da Cultura Maker?

grupo de quatro jovens estudantes diversos composto por dois homens e duas mulheres estudando em uma mesa com livros abertos.

A Cultura Maker se baseia em quatro pilares fundamentais:

  1. Criatividade: estimula a imaginação, a busca por soluções inovadoras e a expressão pessoal;
  2. Experimentação: incentiva o teste de ideias, a interação e a aprendizagem a partir dos erros;
  3. Colaboração: fomenta a troca de conhecimento, o trabalho em equipe e a construção coletiva;
  4. Compartilhamento: promove a disseminação do conhecimento, a abertura de projetos e o aprendizado colaborativo.

Esses pilares são a base para o desenvolvimento de uma mentalidade maker, que envolve disposição para assumir riscos, a curiosidade e a persistência na busca por soluções.

Conclusão

A Cultura Maker apresenta uma abordagem inovadora e estimulante para a educação. Ela valoriza a criatividade, a experimentação e o protagonismo dos alunos, desenvolvendo habilidades essenciais para o século XXI. Através da construção de projetos tangíveis, os estudantes são desafiados a pensar criticamente, resolver problemas reais e trabalhar de forma colaborativa.

Para os educadores, ela representa uma oportunidade de reinventar suas práticas pedagógicas, incorporando metodologias ativas e promovendo o engajamento dos alunos. O papel do educador no movimento Maker é o de facilitador, fornecendo orientações, recursos e apoio aos estudantes em suas jornadas de aprendizagem.

Portanto, é importante que as escolas e os educadores estejam abertos a explorar e integrar esse conceito em seus ambientes de ensino, reconhecendo sua importância e os benefícios que ela traz para o processo educacional. Ao fazer isso, estarão proporcionando aos estudantes uma educação mais significativa, criativa e alinhada às demandas do mundo contemporâneo.

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Dia Mundial da Alfabetização: compreendendo sua importância e os desafios da alfabetização no Brasil e no mundo

Dia Mundial da Alfabetização: compreendendo sua importância e os desafios da alfabetização no Brasil e no mundo

trio de crianças diversas composto por duas meninas e um menino em pé lado a lado lendo livros.

O Dia Mundial da Alfabetização, comemorado em 8 de setembro, é uma data de grande relevância para refletirmos sobre a importância do domínio da leitura e escrita na vida das pessoas. 

Neste artigo, vamos explorar a origem dessa data, seu significado, as diferenças entre alfabetização e letramento, os desafios enfrentados no Brasil e no mundo, além de destacar iniciativas e programas que visam promover a alfabetização. Acompanhe!

Origem e data de comemoração (8 de setembro)

O Dia Mundial da Alfabetização foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 1967, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância da alfabetização como um direito fundamental de todos os indivíduos. 

A escolha do dia 8 de setembro se deve ao fato de ser o aniversário de criação da UNESCO, uma organização que tem se empenhado em promover a alfabetização em todo o mundo.

Importância e motivação por trás da celebração

A importância do Dia Mundial da Alfabetização reside no reconhecimento de que a alfabetização é essencial para o pleno desenvolvimento humano e para o exercício da cidadania. 

Através da alfabetização, as pessoas adquirem as habilidades necessárias para se comunicar, interpretar informações, participar ativamente da sociedade e acessar oportunidades de aprendizado e crescimento. 

Além disso, a alfabetização é um elemento-chave para a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades e o desenvolvimento sustentável.

Como comemorar o Dia Nacional da Alfabetização

criança lendo um livro sentada em frente a dois coleguinhas que desenham sobre uma mesa.

O Dia Mundial da Alfabetização é uma data importante para celebrar os avanços e os desafios da educação no Brasil. Neste dia, podemos aproveitar para refletir sobre a importância da leitura e da escrita na nossa sociedade, e também para homenagear os professores e os alunos que se dedicam a esse processo. Veja algumas formas de celebrar essa data abaixo.

  • Ler um livro ou um texto de um autor brasileiro que fale sobre a alfabetização ou a cultura do país;
  • Escrever uma carta ou um poema para um professor ou um aluno que tenha marcado a sua trajetória educacional;
  • Participar de uma atividade cultural ou educativa que promova a alfabetização, como uma oficina, uma palestra, uma exposição ou uma feira de livros;
  • Doar livros ou materiais didáticos para uma escola ou uma biblioteca comunitária que atende pessoas em situação de vulnerabilidade social;
  • Divulgar nas redes sociais o seu apoio à alfabetização e à educação de qualidade para todos.

Saiba mais: Como estimular a leitura em jovens digitais?

Diferenças entre alfabetização e letramento

É importante destacar a diferença entre alfabetização e letramento. A alfabetização refere-se ao processo de aprendizagem das letras, sílabas e palavras, ou seja, a aquisição das habilidades básicas de leitura e escrita. 

Já o letramento vai além disso, englobando a capacidade de compreender, interpretar e utilizar os textos de forma crítica e reflexiva, aplicando-os em diferentes contextos sociais. Ele implica na compreensão do uso social da escrita, permitindo que as pessoas se apropriem da cultura escrita e a utilizem de forma eficaz em suas vidas.

Desafios da alfabetização no Brasil e no mundo

No Brasil, apesar dos avanços conquistados nas últimas décadas, ainda enfrentamos desafios significativos no que diz respeito à alfabetização. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 11,3 milhões de pessoas com 15 anos ou mais são consideradas analfabetas no país. 

Além disso, o Brasil apresenta altos índices de analfabetismo funcional, ou seja, pessoas que são capazes de ler e escrever, mas não possuem as habilidades necessárias para compreender e utilizar a leitura e escrita de forma eficaz em suas vidas.

Entre os desafios enfrentados estão a falta de acesso a uma educação de qualidade, a desigualdade social, a falta de estímulo à leitura e a falta de formação adequada dos educadores. 

É fundamental investir em políticas públicas eficazes, como o Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e o Programa Brasil Alfabetizado, além de promover a formação continuada dos professores, o incentivo à leitura desde a primeira infância e a valorização da cultura escrita como um instrumento de transformação social.

Importância da alfabetização digital

professor negro ensinando um grupo de cinco crianças diversas composta por quatro meninas e um menino a utilizar um notebook.

Além dos desafios da alfabetização tradicional, é preciso também considerar a alfabetização digital como um elemento fundamental na sociedade atual. 

O avanço tecnológico e a digitalização de diversos aspectos da vida cotidiana exigem que as pessoas sejam capazes não apenas de ler e escrever, mas também de utilizar as tecnologias de forma crítica e consciente.

No contexto educacional, a alfabetização digital é essencial para preparar os estudantes para a vida e o trabalho no século XXI. 

É necessário que os alunos sejam capazes de utilizar as tecnologias como ferramentas de aprendizagem, buscando informações, desenvolvendo projetos, colaborando com seus colegas e construindo conhecimento de forma interativa e conectada.

No entanto, a realidade é que muitos jovens e crianças enfrentam dificuldades nesse processo. A falta de acesso à tecnologia, a ausência de formação adequada dos educadores e a falta de infraestrutura nas escolas são alguns dos desafios que precisam ser superados.

Para enfrentar esses desafios, é fundamental investir em políticas públicas que promovam a inclusão digital, garantindo o acesso igualitário às tecnologias e à internet. 

Além disso, os educadores devem receber formação específica para utilizar as tecnologias de forma pedagogicamente eficiente, integrando-as ao currículo e promovendo atividades que desenvolvam a alfabetização digital dos alunos.

Existem diversas iniciativas e programas que visam promover a alfabetização digital, como a inclusão de laboratórios de informática nas escolas, a oferta de cursos e capacitações para educadores e a disponibilização de conteúdos educativos online. 

É importante que essas iniciativas sejam acompanhadas por políticas de incentivo à produção de conteúdo digital de qualidade, assim como pela promoção de práticas seguras e éticas na utilização das tecnologias.

A alfabetização digital também está diretamente relacionada à promoção da cidadania digital. Isso implica desenvolver habilidades para navegar na internet de forma segura, compreender os direitos e responsabilidades dos usuários, além de desenvolver uma postura crítica em relação às informações encontradas online.

Nesse sentido, é crucial educar os alunos sobre a importância da verificação de fontes, da proteção de dados pessoais e da prevenção contra os perigos online, como o cyberbullying e o compartilhamento irresponsável de informações.

A integração da alfabetização digital no currículo escolar deve ser pensada de forma transversal, envolvendo todas as disciplinas e promovendo uma abordagem interdisciplinar. Os estudantes devem ser incentivados a utilizar as tecnologias como ferramentas de pesquisa, criação, expressão e colaboração, desenvolvendo habilidades essenciais para a atualidade.

É importante ressaltar que a alfabetização digital não substitui a alfabetização tradicional, mas complementa-a. Ambas são fundamentais e devem caminhar juntas, proporcionando aos estudantes uma formação completa e adequada aos desafios do mundo contemporâneo.

Saiba mais: Os benefícios das ferramentas digitais na educação: como elas podem melhorar o aprendizado e aumentar a eficiência na escola.

Iniciativas e programas de alfabetização

Diversas iniciativas e programas têm sido desenvolvidos no Brasil e no mundo para promover a alfabetização. No âmbito internacional, a UNESCO lidera a campanha global “Educação para Todos”, que visa garantir que todas as crianças tenham acesso à educação de qualidade, incluindo a alfabetização.

No Brasil, além do PNAIC e do Programa Brasil Alfabetizado, destacam-se iniciativas como o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, o Programa Ler e Escrever, o Programa Mais Alfabetização e o Programa Nacional do Livro Didático

Esses programas buscam oferecer recursos pedagógicos, formação de professores, acompanhamento e avaliação para garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas na idade certa.

Papel dos educadores e da sociedade na promoção da alfabetização

criança negra sorridente sentada em sua carteira escolar desenhando em um caderno.

Os educadores desempenham um papel fundamental na promoção da alfabetização. São eles que têm o poder de despertar o interesse dos alunos pela leitura e escrita, tornando o processo de aprendizagem significativo e prazeroso. 

Para isso, é necessário que os educadores estejam preparados, atualizados e motivados, utilizando metodologias e recursos pedagógicos adequados.

Além disso, a sociedade como um todo deve reconhecer a importância da alfabetização e apoiar iniciativas que promovam o acesso à educação de qualidade. 

Responsáveis, familiares, gestores escolares, empresas e organizações sociais podem desempenhar um papel ativo na criação de um ambiente propício à alfabetização, incentivando a leitura, oferecendo materiais didáticos adequados, valorizando a cultura escrita e investindo em projetos e programas de alfabetização.

Conclusão

O Dia Mundial da Alfabetização é uma oportunidade para refletirmos sobre a importância da alfabetização na vida das pessoas e os desafios enfrentados nessa área. 

A alfabetização é um direito fundamental de todos, e sua promoção é essencial para o desenvolvimento humano, a inclusão social e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Desse modo, é importante reforçar a importância da educação de qualidade, do acesso igualitário à educação e da valorização dos educadores. 

Investir em políticas públicas eficazes, promover a formação continuada dos professores, incentivar a leitura desde a infância e envolver toda a sociedade na promoção da alfabetização são ações fundamentais para superar os desafios e garantir que todos tenham a oportunidade de desenvolver plenamente suas habilidades de leitura e escrita.

Portanto, vamos celebrar o Dia Mundial da Alfabetização reafirmando nosso compromisso em promover a alfabetização e o letramento, capacitando as pessoas para enfrentar os desafios do mundo atual e construindo um futuro mais justo e igualitário para todos. Afinal, a alfabetização é o caminho para a transformação e o desenvolvimento pessoal e coletivo.

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Violência na Escola: prevenção, sinais de alerta e legislação de proteção

Violência na Escola: prevenção, sinais de alerta e legislação de proteção

garota com olhar triste sentada no chão enquanto colegas zombam por trás.

Violência na escola é um problema sério que afeta não apenas o bem-estar dos alunos, mas também a qualidade do ambiente educacional. Desse modo, é dever dos educadores e membros da comunidade escolar, tomar medidas para prevenir e combater a violência, criando assim um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes. 

Neste artigo, abordaremos os diferentes tipos de violência escolar, as diferenças entre violência e agressividade, os fatores que desencadeiam atos violentos entre crianças e jovens, o bullying nas escolas, os sinais de alerta para responsáveis e educadores e as leis de proteção existentes. Acompanhe!

Tipos de violência escolar

A violência escolar pode assumir diferentes formas e manifestar-se de maneiras variadas. É essencial compreender os tipos de violência para identificá-los e abordá-los adequadamente. Vamos explorar alguns dos tipos mais comuns encontrados nas escolas:

  • Violência física: envolve agressões físicas diretas entre alunos. Pode incluir socos, chutes, empurrões e até mesmo o uso de armas. A violência física pode causar ferimentos graves e traumas emocionais duradouros nas vítimas, ou até mesmo resultar em óbito;
  • Violência verbal: ocorre por meio de palavras ofensivas, insultos, xingamentos e humilhações. Essa forma de violência pode afetar profundamente a autoestima e o bem-estar emocional dos alunos;
  • Violência psicológica: envolve ações destinadas a prejudicar emocionalmente os alunos, como ameaças, intimidação, exclusão social e disseminação de boatos maliciosos. Essa forma de violência pode ter efeitos devastadores na autoconfiança e no desenvolvimento saudável dos estudantes;
  • Violência sexual: infelizmente, a violência sexual também é uma realidade em algumas escolas. Ela engloba qualquer forma de abuso sexual, como toques indesejados, comentários obscenos, exposição não consensual a material pornográfico e até mesmo estupro. É importante criar um ambiente seguro onde os alunos se sintam protegidos e possam denunciar casos de violência sexual;
  • Violência virtual: com o avanço da tecnologia, a violência virtual tornou-se uma preocupação crescente. Isso inclui a disseminação de mensagens de ódio, ameaças e difamação por meio de redes sociais, aplicativos de mensagens e outros canais digitais. Esse tipo de agressão pode afetar profundamente a saúde mental dos alunos e deve ser tratada com seriedade.

É fundamental que educadores, responsáveis e toda a comunidade escolar estejam cientes dos diferentes tipos de violência que podem ocorrer nas escolas. Através da conscientização e do trabalho conjunto, é possível prevenir e combater efetivamente essas formas de agressão, criando um ambiente seguro e saudável para todos.

Diferenças entre violência e agressividade

garota negra estende a mão para frente em sinal de impedimento enquanto cobre o rosto.

Embora os termos “violência” e “agressividade” sejam frequentemente usados de forma intercambiável, é importante entender que eles têm significados distintos. A agressividade faz parte da natureza humana e pode se manifestar como uma resposta natural a determinadas situações. Por outro lado, a violência é um comportamento intencional que visa causar danos a outras pessoas.

A agressividade, quando adequadamente canalizada, pode ser uma força positiva, estimulando a busca por objetivos e a defesa dos direitos individuais. No entanto, quando a agressividade se transforma em violência, ela se torna prejudicial e deve ser tratada de forma apropriada.

É importante ensinar aos alunos a diferença entre agressividade saudável e violência prejudicial. Os educadores desempenham um papel crucial na orientação dos alunos para expressar sua agressividade de maneiras construtivas, como através do esporte, da arte e de atividades que promovam a resolução pacífica de conflitos.

Fatores que desencadeiam atos violentos entre crianças e jovens

Vários fatores podem desencadear atos violentos entre crianças e jovens. É essencial identificar esses fatores para implementar medidas preventivas eficazes. 

Ao entendê-los, fica mais fácil criar um ambiente escolar seguro e acolhedor, onde os alunos possam aprender e crescer sem medo. Confira alguns dos principais fatores abaixo.

Ambiente familiar desestruturado 

Um ambiente familiar instável, com falta de apoio emocional, negligência ou abuso, pode aumentar o risco de comportamentos violentos por parte dos alunos. É fundamental fornecer suporte adequado às famílias e encaminhar casos de abuso ou negligência às autoridades competentes.

Exposição à violência na mídia

O acesso fácil a conteúdos violentos na mídia, como filmes, jogos de vídeo e música, pode influenciar negativamente o comportamento dos alunos. Limitar a exposição a esses conteúdos e incentivar a análise crítica dos mesmos pode ajudar a prevenir atos violentos.

Bullying e exclusão social

O bullying é um fator significativo que contribui para a violência escolar. O constante assédio e a exclusão social podem levar os alunos a revidar com violência. É crucial criar uma cultura escolar de respeito mútuo, onde o bullying seja combatido de forma enérgica.

Pressão social e expectativas irrealistas

A pressão social e as expectativas irrealistas impostas aos alunos podem criar um ambiente estressante e competitivo, levando a conflitos e atos violentos. É importante promover um ambiente escolar que valorize o bem-estar dos alunos e encoraje a cooperação ao invés da competição desenfreada.

Falta de habilidades socioemocionais

A falta de habilidades socioemocionais, como a empatia, a resolução de conflitos e a comunicação eficaz, pode levar os alunos a lidarem com frustrações e conflitos de forma inadequada, recorrendo à violência como resposta. Incluir o desenvolvimento dessas habilidades no currículo escolar é fundamental para prevenir atos violentos.

Bullying nas escolas

adolescente sentada no chão chora com as mão cobrindo o rosto enquanto duas colegas de pé praticam bullying com ela.

O bullying é um problema grave que afeta muitas escolas ao redor do mundo. Ele envolve comportamentos repetidos e intencionais de agressão, humilhação e exclusão social, sendo direcionados a um aluno específico. Essa prática pode gerar consequências devastadoras para as vítimas, afetando seu bem-estar emocional e qualidade de vida geral.

Assim, é essencial que educadores e responsáveis estejam atentos aos sinais de bullying e tomem medidas rápidas para preveni-lo e interrompê-lo. 

Para combater esse problema, é importante implementar estratégias de prevenção e intervenção, como programas de conscientização, orientação e apoio psicológico aos alunos envolvidos. É fundamental criar uma cultura de respeito e empatia, onde o bullying seja visto como inaceitável e tratado com seriedade.

Sinais de alerta para responsáveis e educadores

Responsáveis e educadores desempenham um papel fundamental na identificação e prevenção da violência escolar. Conhecer os sinais de alerta pode ajudar a intervir precocemente e oferecer apoio adequado aos alunos. Alguns sinais de alerta podem incluir:

  • Mudanças no comportamento: os alunos podem apresentar mudanças significativas em seu comportamento, como isolamento, agressividade excessiva, tristeza persistente ou ansiedade;
  • Declínio no desempenho acadêmico: queda repentina no desempenho acadêmico pode indicar que algo está perturbando o aluno, como bullying ou violência;
  • Aparência de ferimentos inexplicáveis: ferimentos físicos sem explicação plausível podem indicar que o aluno está sendo vítima de violência;
  • Reclamações recorrentes de dores físicas: queixas frequentes de dores de cabeça, dores de estômago ou outros sintomas físicos podem ser um sinal de que o aluno está sofrendo emocionalmente;
  • Comportamento evasivo ou agressivo: os estudantes podem evitar falar sobre a escola, agir de forma defensiva ou apresentar comportamentos agressivos como uma forma de autodefesa;
  • Mudanças no sono ou no apetite: dificuldades para dormir ou comer podem ser um indicativo de que o aluno está passando por situações estressantes na escola;
  • Isolamento social: O aluno pode se afastar de amigos e atividades sociais, evitando interações que antes eram prazerosas.

Leis de proteção nas escolas

aluna encostada na parede cobre o rosto enquanto outra garota grita com ela.

A legislação brasileira desempenha um papel fundamental na prevenção da violência nas escolas e na proteção dos direitos dos alunos. O país possui leis específicas que visam garantir um ambiente seguro, acolhedor e propício ao aprendizado. Conhecer essas leis é essencial para promover a segurança e o bem-estar dos estudantes. Abaixo, destacamos algumas das principais. Veja!

1. Lei nº 13.185/2015 – Lei de Combate ao Bullying e Cyberbullying

A Lei de Combate ao Bullying e Cyberbullying prevê a adoção de ações de prevenção e combate ao bullying e ao cyberbullying no âmbito das escolas. Ela determina a realização de campanhas educativas, a inclusão do tema nos projetos pedagógicos e a promoção de medidas para conscientizar alunos, professores e responsáveis sobre os danos causados por essas práticas.

2. Lei nº 12.845/2013 – Lei de Atendimento Obrigatório de Vítimas de Violência Sexual

A Lei de Atendimento Obrigatório de Vítimas de Violência Sexual estabelece que as unidades de saúde devem oferecer atendimento emergencial e integral às vítimas de violência sexual. Isso inclui a notificação às autoridades competentes e o encaminhamento para acompanhamento psicológico e médico adequado.

3. Lei nº 13.431/2017 – Lei de Escuta Especializada de Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência

A Lei de Escuta Especializada de Crianças e Adolescentes tem como objetivo garantir uma abordagem mais adequada e respeitosa no atendimento às vítimas ou testemunhas de violência. Ela estabelece diretrizes para a escuta especializada, garantindo que seja realizada por profissionais capacitados, em ambiente acolhedor e com a devida proteção da intimidade da criança ou adolescente.

Conclusão

Prevenir a violência nas escolas é uma responsabilidade compartilhada por educadores, responsáveis, comunidade escolar e autoridades. Ao compreender os diferentes tipos de violência, as diferenças entre violência e agressividade, os fatores que desencadeiam atos violentos, o bullying nas escolas, os sinais de alerta e as leis de proteção, podemos trabalhar juntos para criar um ambiente escolar seguro, acolhedor e propício ao aprendizado.

É importante estar atento aos sinais de violência e agir prontamente quando necessário. Através de programas de prevenção, educação socioemocional, conscientização e apoio às vítimas, podemos reduzir a incidência de violência nas escolas e fornecer às crianças e jovens um ambiente saudável, onde possam desenvolver todo o seu potencial.

Gostou deste conteúdo? Então, conheça agora mesmo as práticas de uma escola inclusiva e saiba como desenvolver um ambiente acolhedor na sua instituição!

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Como usar a internet de forma eficaz para estudar: dicas para aproveitar ao máximo o que a tecnologia tem de melhor

Como usar a internet de forma eficaz para estudar: dicas para aproveitar ao máximo o que a tecnologia tem de melhor

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Hoje, seria possível vivermos sem internet? De maneira pragmática, a resposta seria “sim”. Afinal, trata-se de um recurso que se popularizou relativamente há pouco tempo quando olhamos para a história da humanidade em perspectiva. Mas, no contexto atual, deixar de utilizá-la dificultaria praticamente qualquer processo do nosso cotidiano. Imagine, por exemplo, não poder usar a sua ferramenta preferida para a troca de mensagens instantâneas. Seria complicado, não é mesmo? Que tal trocar o GPS pelo bom e velho mapa em papel para verificar como é possível chegar naquele endereço desconhecido? Como fazer para conferir um extrato financeiro, sem ter que ir à agência bancária? Estes são exemplos de atividades corriqueiras que já estão intrínsecas na nossa vida, sem que a gente sequer pense que trata-se de facilidades permitidas pela internet. Pensando em tudo isso, a educação também não fica de fora.

A internet pode ser valiosa para os estudantes, mas o seu uso deve ser feito de maneira consciente. Isto é: o aluno deve ser disciplinado e ter foco para não cair em tentação e ser atraído por ambientes online que o disperse, como por exemplo, bate-papos ou conteúdos de entretenimento e de diversão. Ou seja, a internet é uma aliada dos estudantes, porém é necessário saber como e quando utilizá-la, para não subestimar os riscos de que, em vez de ajudar, ela atrapalhe a vida dos alunos.

Hoje, vamos, portanto, explorar algumas sugestões para que esta ferramenta seja eficiente e que a tecnologia seja completamente aproveitada.

Vantagens e Desvantagens

Em primeiro lugar, vamos entender um pouco algumas das vantagens e dos pontos de atenção que a internet traz.

Dentre seus aspectos que corroboram com a transformação da educação temos a comodidade, a flexibilidade e a privacidade que a vida online proporciona. Estudantes têm a possibilidade de acessar fora da escola conteúdos que, no passado, só eram disponibilizados em sala de aula ou em bibliotecas. Sendo assim, o aluno pode se conectar a qualquer hora do dia e em qualquer lugar. Portanto, com uma rotina de estudos bem estruturada, o estudante tem a oportunidade de escolher quando e como estudar.

Outra contribuição tem a ver com o acesso. A educação mediada por ferramentas online permite que os custos de muitos cursos e conteúdos diminuam: não há a necessidade, por exemplo, de uma estrutura física adequada para receber todos os estudantes, professores e funcionários; a atualização de materiais acontece de forma mais rápida e dinâmica. Além disso, há economia pela não obrigatoriedade de deslocamentos e, também, existe a possibilidade de economia em material didático e alimentação.

Por outro lado, a internet e a tecnologia exigem algumas atitudes comportamentais para que, de fato, complementam a educação e o desenvolvimento. A disciplina e a organização são essenciais: é necessário ter muito comprometimento em utilizar as ferramentas online para estudos em determinados dias e horários. Preparar um plano semanal de estudos é uma ótima saída, que deve ser seguido à risca!

Outro ponto de atenção trata da falta de interação pessoal e presencial, um fator que impacta diretamente no aprendizado, especialmente em um cenário pós-pandemia. Para muitos alunos, o contato humano é fundamental para que o foco e o entendimento dos assuntos que estão sendo trazidos de fato se materializem.

Então, lembre-se: a internet não é a única fonte de estudos e de conhecimento! Para que seja eficiente, deve ser utilizada como uma ferramenta associada a outras, como por exemplo livros, exercícios e atividades presenciais com professores e colegas.

Ideias para utilizar a internet de forma eficaz nos estudos

Redes Sociais

Existem diversos perfis nas redes sociais de professores e de instituições de ensino que são voltados para os estudantes: o aluno pode receber dicas, tirar dúvidas sobre assuntos mais complexos e interagir com outras pessoas que estão em busca de temáticas específicas. O interessante é que estes perfis não só trazem conteúdos relacionados às disciplinas escolares, mas, também, informações sobre maneiras de estudar, dicas de materiais, e até mesmo comentários sobre aspectos emocionais e comportamentais. Para encontrar esse tipo de perfil, uma estratégia é procurar por meio de hashtags palavras relacionadas ao tema, como por exemplo #studygram #educação #estudante #biologia #matemática.

Mas é preciso ter cuidado, afinal, é comum se distrair com outros conteúdos ao acessar as redes sociais. É importante lembrar de filtrar informações, dando ênfase para o que realmente é relevante para o plano de estudos.

Vídeos

Plataformas online de vídeos podem contribuir muito com o aprendizado. Muitas vezes, canais voltados para o mundo da educação contam com professores que utilizam recursos em seus conteúdos que auxiliam na explicação de determinada temática. Assim, esta experiência pode complementar uma aula que foi dada em ambiente presencial, por exemplo. Além disso, o estudante pode pausar, assistir o conteúdo em uma velocidade mais lenta que o original, repetir um trecho. Outra ferramenta que as plataformas de vídeo disponibilizam é a caixa de comentários, um ótimo espaço para tirar dúvidas com o professor e trocar informações com outros estudantes.

Extensões para melhorar o gerenciamento de tempo
Distrair-se em meio aos aplicativos e às abas do navegador voltadas para a diversão e o entretenimento é muito comum para quem está estudando. Para ajudar com a disciplina do aluno e contribuir para que o tempo seja dedicado aos conteúdos relevantes para os estudos existem extensões (um tipo de aplicativo) que podem ser instaladas no navegador. Alguns exemplos:

● Guarde para ler depois – salva links para que o estudante possa ver em outro momento;
● Monitoramento do tempo gasto em cada site – calcula o tempo gasto em cada página, que podem ser classificadas em “produtivas” e “não produtivas”, e assim analisar como o tempo foi utilizado;
● Controle de tempo para sessão de estudos – é utilizado para calcular quanto tempo foi dedicado a realizar determinada atividade, como por exemplo resolver uma questão ou escrever uma redação;
● Bloqueio de redes sociais – exatamente isso! Não abre os sites de redes sociais para que o aluno não caia na tentação de gastar tempo com esses sites. Também existem algumas extensões que em vez de bloquear, reconhecem quando sites de redes sociais não foram acessados, e bonificam o usuário com pontos ou recompensas, tornando os hábitos de navegação na internet em um jogo.

Aplicativos voltados para estudos

Outra maneira de utilizar a tecnologia para contribuir com a educação é a utilização de aplicativos voltados para os estudos. Em celulares e tablets, podem ser uma boa saída para estudar de forma dinâmica: esses aplicativos, em sua grande maioria, trazem atividades interativas, exercícios e conteúdos específicos. Esta ferramenta também é ótima para momentos em que o aluno está fora de casa, ou quer um passatempo. Como os devices (celulares e tablets) estão sempre em mãos, qualquer tempinho livre pode ser aproveitado!

Também existem aplicativos que realizam as mesmas funções que podem ser ativadas nos navegadores de internet, como descrevemos anteriormente. Desta forma, ao instalá-los, podem contribuir de diversas formas, como, por exemplo, organizar o tempo de diferentes maneiras, com restrição às redes sociais, com alertas para novos conteúdos de sites e aplicativos importantes.

Bibliotecas e museus online

Como o nome já revela, são sites que disponibilizam obras literárias, artísticas e acadêmicas que podem ser acessadas via internet. Muitos títulos podem ser baixados gratuitamente, inclusive! Os museus disponibilizam passeios e tours virtuais, permitindo que o estudante visite o espaço de maneira remota. Desta forma, quando o aluno digita o nome de uma obra ou artista nos sites de busca, é direcionado para estes espaços e conteúdos, integralmente.

Aplicativos de mensagens de vídeo, texto e fóruns

Estes aplicativos e sites são de grande utilidade principalmente para a troca de informações e de arquivos. Não é mais necessário ter que sair de casa para se encontrar com integrantes de um grupo ou com os colegas para realizar uma tarde de estudos. A distância não é mais um impedimento: grupos voltados para determinadas temáticas podem ser formados com a intenção de realizar conversas e trocas de mensagens. Assim, cada integrante de uma localidade pode entrar em contato com os demais e realizar um encontro. Links, imagens e vídeos podem ser compartilhados instantaneamente, contribuindo para a discussão, fomentando o debate.

Drives e Arquivos armazenados em Nuvem

Outra importante sugestão é utilizar a internet para armazenar e criar arquivos. Dessa forma, tudo o que for produzido ou recebido pode ser acessado de qualquer lugar. Imagine ter anotações de aulas, ou até mesmo conteúdos disponibilizados pelo professor reunidos em um só local. Sendo assim, de um computador, tablet ou celular, o estudante pode ter tudo a seu alcance, já que as informações estarão sempre à disposição em um espaço virtual.

Sim: a internet é uma fonte riquíssima para a educação! Algumas ideias foram dadas, mas o mundo da tecnologia se transforma a cada instante e novas oportunidades estão sempre surgindo. Lembramos que é de extrema importância realizar uma boa curadoria e filtrar os conteúdos acessados de olho na produtividade e, acima de tudo, na segurança. Sabendo utilizar as ferramentas de maneira adequada, os estudos podem ficar mais eficientes e dinâmicos, contribuindo de forma importante para a vida dos estudantes.

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O melhor dos dois mundos: como podemos aproveitar o que há de melhor nos modelos de ensino à distância e híbrido

O melhor dos dois mundos: como podemos aproveitar o que há de melhor nos modelos de ensino à distância e híbrido

Um menino asiático com fone está sentado na mesa com alguns cadernos e acena para a tela do notebook em uma chamada de vídeo.

No início de maio de 2023, a OMS, Organização Mundial da Saúde, decretou o fim da emergência de saúde pública de importância internacional referente à Covid-19, fazendo com que a pandemia, finalmente, passasse a ser tida como um grande marco histórico superado para a sociedade – ao menos em termos de todos os danos e desafios que trouxe em seus períodos mais agudos.

E, como não poderia deixar de ser, essa fase transformou o nosso jeito de pensar, de se relacionar e, por consequência, de educar. Se pensássemos no termo “educação” antes de 2020, sem dúvidas, imaginaríamos uma sala de aula com cadeiras, mesas e uma lousa, imagem que, hoje, daria espaço para outras perspectivas. Afinal, ao falarmos de educação, podemos dizer que, devido à pandemia do coronavírus, alguns conceitos se aproximaram e, com isso, transformaram o ensino.

Hoje, estamos falando especificamente do ensino à distância ou educação a distância e do ensino híbrido que, anteriormente, ficavam, em grande parte, atrelados a situações específicas, sem ganhar aplicação massiva. Mas, agora, temos duas abordagens que fazem parte do nosso dia a dia, inclusive fora das instituições de ensino, como o ambiente corporativo. Então, para começarmos a tratar desse assunto, convidamos você a entender, primeiramente, a diferença entre essas duas propostas:

Segundo o Ministério da Educação, o MEC, educação a distância é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, utiliza-se meios e tecnologias de informação e comunicação. Ou seja, quando estávamos em nossas casas, reclusos por conta da pandemia, nossas crianças e adolescentes estavam mantendo seus estudos por meio dessa categoria de ensino.

Quando falamos em ensino híbrido, estamos mencionando a mescla do ensino a distância e do ensino presencial, a tradicional “sala de aula”. Desta maneira, a estrutura educacional deve estar preparada e organizada para lidar com esse projeto de ensino, ou seja, disponibilizar recursos digitais, acesso à rede de internet, equipamentos, cronogramas de aulas que possibilitam essa transição entre o remoto e o presencial e, especialmente, treinamentos para os professores saberem lidar com essa abordagem.

Mundo afora, há diversas instituições adotando o modelo híbrido, mesclando em partes equivalentes (ou próximo disso) os ensinos presencial e a distância. Há, no entanto, escolas, pais e alunos que não são adeptos dessa ideia. E tudo bem: a variedade de propostas de ensino existe, justamente, para acomodar as mais diversas preferências, necessidades e capacidades de adaptação.

Falando em adaptação, ficar preso aos rótulos de ensino híbrido ou ensino à distância não é um problema. O grande segredo está em adaptá-los. Podemos fazer a mescla perfeita entre os dois conceitos de acordo com a necessidade de cada instituição de ensino, unindo características de um modelo com a do outro. É importante notar que, mesmo quando o foco é o ensino presencial, é possível aplicar técnicas do ensino à distância para otimizar a experiência de aprendizagem do aluno. Veja só!

Existem diversos aspectos do ensino à distância capazes de tornar a aprendizagem mais dinâmica. O estímulo à autonomia do aluno — apesar de não ser uma habilidade incentivada somente para atividades remotas — é um deles. Afinal, com o EaD, os estudantes passam a ser os protagonistas do seu processo de aprendizagem. Digamos que a escola em que você leciona decida implementar o conceito de sala de aula invertida em uma ou duas disciplinas. Nesse caso, o jovem vai ser estimulado a criar sua própria rotina de estudo, do modo que lhe for mais conveniente e funcional. Esse novo senso de responsabilidade irá, muito possivelmente, ter um impacto positivo no comportamento do aluno nas aulas presenciais.

Outra opção com foco na independência do estudante é o modelo Flex, que tem se tornado popular quando o assunto é a metodologia híbrida de ensino. Nele, o aluno recebe conteúdos e roteiros por meio digital, podendo fazer atividades sozinho ou em grupo. Torna-se viável, mesmo em uma escola cuja principal modalidade é o ensino presencial, usar elementos do modelo Flex para engajar o aluno a aprender como organizar seu próprio tempo.

É importante se atentar para o fato de que, tendo em vista o aumento do número de alunos nativos digitais, torna-se imperativo fazer do ensino presencial mais ágil com o uso de recursos e estratégias presentes no ensino à distância. E isso tem tudo para ser positivo tanto para o aluno quanto para o professor.

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A tecnologia como facilitadora da educação colaborativa

A tecnologia como facilitadora da educação colaborativa

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Uma pauta muito quente na área da Educação tem a ver com a discussão sobre o papel do aluno, que passa a ser visto como o protagonista definitivo de sua trajetória de aprendizagem. Dentre as consequências dessa visão, ganha importância o fato de crianças e adolescentes atuarem, cada vez mais, de maneira ativa, tanto dentro quanto fora da sala aula. Sendo assim, novas estratégias são incorporadas no dia a dia das escolas para garantir que os estudantes se desenvolvam e uma delas é o que se chama de ensino colaborativo.

Em resumo, podemos dizer que o ensino colaborativo faz com que professores e alunos tenham uma nova postura no dia a dia: os docentes passam a ser tutores e os alunos se tornam mais participativos na dinâmica das aulas e demais atividades. Desta maneira, as duas partes constroem o conhecimento em conjunto, favorecendo com que habilidades essenciais, como a autonomia e a responsabilidade, sejam exploradas.

Mas é importante lembrar que há um outro elemento essencial nessa equação: a família! Para que tenhamos uma proposta sistêmica, que fuja de esquemas antigos, é essencial que toda comunidade esteja engajada, um convite para que as famílias tenham participação ativa para garantir o progresso desejado. Então, podemos dizer que o ensino colaborativo faz com que alunos, professores e responsáveis atuem em um modelo de parceria e de cooperação, garantindo trocas valiosas que irão auxiliar a aprendizagem e o crescimento de todos.

Agora, você deve estar se perguntando: “em um mundo cada vez mais digital, há espaço para a tecnologia nessa abordagem?”

O ensino colaborativo é uma das metodologias utilizadas pela chamada Educação 4.0, conceito que aproxima, cada vez mais, as escolas do que determina a Era Digital. Com isso, a internet, os dispositivos eletrônicos inteligentes, as lousas digitais e os aplicativos passam a fazer parte do ambiente escolar e trazem benefícios significativos, como agilidade, otimização, acesso à informação, engajamento e, claro, a tão desejada colaboração.

Sem dúvidas, a tecnologia é uma conhecida de longa data dos brasileiros. Aliás, vale dizer que o país está repleto de pessoas apaixonadas por todo tipo de novidade! Com a pandemia do Covid-19, o uso da internet se intensificou: segundo pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, em 2020, quando a doença fez com que a sociedade se mantivesse isolada em suas casas, o uso de tecnologias digitais se tornou ainda maior, passando de 71% dos domicílios com acesso à internet em 2019 para 83% em 2020, correspondendo a 61,8 milhões de domicílios com algum tipo de conexão. 

Mas os números não são significativos apenas neste setor, com a pandemia, as escolas também passaram a enxergar a tecnologia como uma grande aliada, que chegou de vez para ficar: segundo a mesma pesquisa, em 2016, o uso de plataformas para atividades de ensino nas escolas urbanas era de 22%, transformando-se em 66% em 2020.

Com a volta dos estudantes para a sala de aula, isso não foi diferente, afinal, a tecnologia já não é mais uma tendência: trata-se de uma ferramenta necessária em diferentes campos, fazendo com que o ensino e a jornada dos alunos leve à uma aprendizagem mais prática, lúdica e dinâmica. Pensando nisso, os colégios estão apostando em recursos tecnológicos e colocando em prática métodos de ensino que permitam utilizá-los, além de favorecer para que ocorra o ensino colaborativo. Conheça alguns deles:

Aprendizagem baseada em jogos

O conceito da aprendizagem baseada em jogos é o de utilizar jogos, digitais ou não, para ensinar um conteúdo aos alunos. Quando falamos em tecnologia, entendemos que os professores podem utilizar quiz digitais e jogos virtuais para engajar a turma ao mesmo tempo em que é compartilhado o conhecimento. Desta maneira, as crianças e os adolescentes aprendem brincando e colaboram de maneira totalmente ativa.

Lousa digital

Com essa ferramenta, é possível que o docente compartilhe textos, vídeos, áudios e apresentações em sala de aula. Tudo isso faz com que os estudantes tenham interesse pela matéria e tenham acesso ao conhecimento de diferentes formas.

Sala de aula invertida

A partir do envio, pelos professores, de materiais como artigos, vídeos, podcasts e muito mais, os alunos aprendem o conteúdo em casa sob sua responsabilidade e, na escola, realizam atividades e tiram suas dúvidas. Com isso, passam a ter autonomia no processo de aprendizagem e o professor é responsável por mediar o compartilhamento de conhecimento e incentivar o processo.

Podemos dizer, então, que o ensino colaborativo é muito benéfico quando bem aplicado, afinal, além dos alunos se mostrarem mais colaborativos e interessados pelo ensino, passam a ter contato com a tecnologia desde pequenos tornando-se cidadãos digitais. Com isso, as crianças e os adolescentes ganham em todas as partes: aprendem de maneira lúdica e efetiva, se preparam para o futuro e desenvolvem habilidades.

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Os benefícios das ferramentas digitais na educação: como elas podem melhorar o aprendizado e aumentar a eficiência na escola

Os benefícios das ferramentas digitais na educação: como elas podem melhorar o aprendizado e aumentar a eficiência na escola

Duas crianças na sala de aula olhando para o notebook e sorrindo.

Em algum momento, você já ouviu falar sobre a Indústria 4.0, certo? Basicamente, esse conceito fala sobre como o avanço da tecnologia nos últimos tempos tem culminado no aperfeiçoamento do ecossistema industrial, criando a maior disrupção no segmento desde a chamada Revolução Industrial. A Indústria 4.0 é marcada, entre outras características, pela alta produtividade e capacidade de se adaptar às constantes transformações de nossos tempos, justamente por empregar ferramentas como Big Data, Inteligência Artificial e Machine Learning. Além de aumentar a eficiência dos processos, estamos falando de recursos que nos levam diretamente à inovação.  

Sem dúvidas, sabemos que essas novas tecnologias estão, cada vez mais, presentes no nosso dia a dia, mesmo fora das empresas. Por exemplo: ao saímos de casa, utilizamos aplicativos de trânsito para nos guiar até um determinado local, nos comunicamos com qualquer pessoa por meio de aplicativos de troca instantânea de mensagens, nossas fotos e vídeos são automaticamente armazenados na nuvem – vale brincar que, por incrível que pareça, mesmo nunca tendo sido vistas a olho nu, essas tais nuvens guardam nossas maiores recordações.   

Como em outros momentos da humanidade, avanços nos meios de produção passam, com o tempo, para outros campos. E, sim, a revolução tecnológica também trouxe mudanças para a educação, dando vida à famosa Educação 4.0. Com a implantação das ferramentas digitais, a forma de ensinar e de aprender foi modificada, especialmente depois da aceleração provocada como resposta à pandemia de Covid-19. Agora, professores e alunos contam com inúmeros recursos ao seu alcance para que o processo de ensino seja cada vez mais eficiente, atualizado e prazeroso.  

Mas, afinal, dentre tudo que a tecnologia trouxe de benefícios para a educação, o que vamos ressaltar hoje?  

Sabemos que a inovação tecnológica tem feito com que novas habilidades sejam demandadas pelo mercado de trabalho. Por exemplo, antigamente, era necessário possuir cursos de datilografia no currículo para que fosse comprovada a habilidade de digitação nas máquinas de escrever, que, hoje, são itens de coleção. Com a massificação dos computadores de uso pessoal em meados dos anos 90, digitar de forma ágil se tornou uma competência muito comum. O mesmo processo se deu de maneira parecida com os idiomas frente a popularização das ferramentas de tradução, que dão conta, muitas vezes, de demandas mais básicas. Para a geração dos nativos digitais, o desafio não é o uso da tecnologia, mas, sim, sua aplicação em atividades complexas. Para se ter ideia, uma das tendências hoje é o movimento low code, cuja tradução livre é “programação sem código”, em que as linhas de comando dão vez para interfaces intuitivas e visuais.  

Todas as competências necessárias para navegar em um mundo mediado pela tecnologia podem ser estimuladas dentro da escola ao permitir que os alunos tenham um mergulho guiado no mundo digital. E engana-se quem acha que estamos falando do futuro, já que o nosso presente é o berço de muita novidade! (Mas afinal, quais as vantagens em adotar tecnologia digital no dia a dia da escola?) 

  • • Qualidade de ensino  

Com o uso das ferramentas digitais, o ensino pode ser muito mais eficiente. Os estudantes passam a ter acesso a materiais extras disponíveis na internet, tornando possível se aprofundar no assunto abordado na sala de aula. Há instituições que já têm feito uso até de dispositivos de realidade virtual, criando situações de imersão. Além disso, com ajuda das plataformas de ensino, os professores podem ter uma comunicação muito mais assertiva e efetiva com os alunos por meio dos chats e fóruns. Das rodas virtuais de discussão às entregas e correções de atividades com feedbacks individuais quase que em tempo real são apenas duas das atrações tão esperadas.  

  • • Aumento do engajamento  

Reter a atenção dos estudantes é um grande desafio dos professores, especialmente quando o hábito fora da sala de aula engloba o consumo de uma infinidade de conteúdos de curta duração, em especial os vídeos das redes sociais. Mas o mundo digital oferece caminhos para que essa barreira possa ser vencida de modo muito mais fácil. A geração atual é extremamente ligada à tecnologia, sendo assim, qualquer recurso tecnológico utilizado em sala de aula chamará a atenção das crianças e dos adolescentes. Desta forma, é possível despertar o interesse da turma sobre o tema que será abordado na aula e manter a atenção. Um bom exemplo é o uso da realidade aumentada, que é a sobreposição de objetos digitais no mundo real que proporciona analisar animais em tamanho real dentro da sala de aula nas aulas de biologia.  

  • • Comunicação com pais e responsáveis  

Se engana quem pensa que a eficiência do ensino está associada somente aos professores e aos alunos. O desenvolvimento dos estudantes é um assunto que deve ser acompanhado de perto pelos responsáveis para que seja dada continuidade no processo de ensino de acordo com a necessidade individual de cada aluno.  

“Mas como a tecnologia auxilia nesse processo?” 

Por meio de agendas digitais, a escola pode comunicar os pais sobre qualquer adversidade vivida pelo estudante na escola, como avaliações de baixo rendimento e atividades não entregues. Desta forma, os responsáveis terão ciência do que está acontecendo e poderão tomar medidas cabíveis para que a criança ou adolescente continue progredindo. Hoje, é muito mais fácil responder mensagens por meio do computador ou do smartphone já que vivemos conectados. Sendo assim, as agendas físicas deram espaço para aplicativos que podem ser facilmente acessados.  

  • • Ensino híbrido ou remoto  

Utilizando as salas de aula virtuais, o ensino híbrido ou remoto pode ser incorporado nas escolas mesmo depois da pandemia de Covid-19. Ou seja, os alunos podem assistir às aulas de casa e, depois, assisti-las novamente a qualquer momento quando são gravadas e disponibilizadas em uma biblioteca digital. Neste caso, a escola facilita para que o estudante consiga aprender no seu tempo, afinal, poderá dar play no vídeo do professor quantas vezes forem necessárias para que a matéria seja assimilada da melhor forma possível. Uma outra maneira que as salas de aula virtuais podem ser utilizadas é para as aulas de reforço, fóruns de dúvidas e muito mais.  

  • • Otimização para os professores 

A tecnologia trouxe inúmeras vantagens para os professores. No lugar dos métodos tradicionais já desgastados com o tempo, os professores podem utilizar novas propostas para que suas aulas sejam mais atrativas. Mas, além disso, a inovação pode otimizar o tempo do professor. Com a ajuda das plataformas, os alunos podem realizar atividades que são corrigidas instantaneamente, ou seja, não é necessário que o docente corrija manualmente. Uma outra facilidade é o disparo automático de mensagens para toda turma de maneira rápida e fácil, podendo se comunicar com todos os alunos de maneira efetiva.  

A tecnologia certamente chegou para ficar e aprimorar o ensino, não é mesmo? Aproveite para ler mais sobre o tema clicando aqui e veja como a inovação faz parte do dia a dia das escolas.  

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Data Literacy: a importância do letramento em dados

Data Literacy: a importância do letramento em dados

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Você já ouviu falar na expressão “Data Literacy”? Em português, poderíamos adotar uma tradução livre na forma de “Letramento em Dados”. Em linhas gerais, estamos falando de um conjunto de habilidades que nos ajudam a navegar com sucesso pelo século 21, marcado pelo aumento constante do uso de dados nas mais variadas facetas da vida. Pode parecer exagero, mas já há quem aponte que ser fluente na área dos dados será como dominar uma língua comum, que todos, em qualquer lugar do mundo, deverão aprender para tomar decisões bem fundamentadas ou ter margem competitiva no mercado de trabalho.

Há várias analogias possíveis para pensarmos sobre esse assunto. Uma delas, é se lembrar de quando costumávamos ser abordados com certa frequência para respondermos pesquisas sistematizadas em torno do bom e velho formulário de papel. Outra é a de pensarmos no Censo, levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que mapeia questões-chave para a sociedade brasileira. Podemos analisar práticas de sala de aula como ferramentas de coleta e tratamento de dados? Sem dúvidas! Das enquetes mais corriqueiras aos simulados pré-vestibular, existem vários caminhos para que a gente possa entender como já estamos imersos, mesmo sem saber, no universo atrelado ao conceito de Data Literacy.

O que temos hoje é um ganho de robustez no campo da Letramento de Dados, uma conquista possível graças ao avanço e popularização das mais variadas tecnologias. O que antes era feito apenas por institutos de pesquisa pode ser executado, em menor escala, por meio de ferramentas gratuitas acopladas às redes sociais, por exemplo. No ambiente da educação, há quem faça um ótimo uso de ambientes digitais e de gadgets – como tablets – para otimizar o fluxo que se inicia na coleta e termina na interpretação dos dados. No campo mais tech, há quem aplique linguagens como a Python (linguagem utilizada para programação e amplamente usada na web) para criar dashboards alimentados em tempo real para as mais variadas finalidades.

Desde o surgimento da internet, muito do nosso comportamento cotidiano é transformado em dados de maneira automática, como o armazenamento de fotos na nuvem, por exemplo, o que deve ganhar uma dimensão ainda desconhecida com o avanço do 5G, da Internet das Coisas e da Inteligência Artificial. Tudo isso torna necessário uma compreensão minimamente mais aprofundada do universo dos dados.

E um bom primeiro passo é se ambientar! Por exemplo, você sabia que segundo o estudo britânico Creating an Understanding of Data Literacy for a Data-driven Society (Criando uma Compreensão da Alfabetização de Dados para uma Sociedade Orientada a Dados), de 2016, existem quatro níveis de habilidades no uso de dados? A gradação leva em conta desde cidadãos comuns com bons conhecimentos até o cientista de dados. Vejamos o que já nos apontava esse estudo!

• Comunicadores: compreendem dados e contam narrativas a partir deles, para que outras pessoas formem suas conclusões.

• Leitores: aqueles que sabem ler e interpretar dados.

• Criadores: usam suas habilidades em leitura e interpretação de dados para criar soluções para problemas da sociedade.

• Cientistas: combinam habilidades técnicas em dados com habilidades de comunicação e domínio aprofundado no manejo de dados.

De olho no que falamos até aqui, quais ideias surgem quando você pensa no seu dia a dia e na realidade das escolas? Por exemplo: o que poderíamos aprender ao compilarmos e avaliarmos as notas dos alunos em uma dada disciplina no decorrer da última década? Será que isso nos diria mais se cruzássemos este levantamento com as mudanças nas diretrizes que norteiam a Educação no país? Quais ferramentas digitais poderíamos utilizar para realizar tal levantamento? Como apresentaríamos os dados de maneira interessante, inclusive do ponto de vista visual? Tal qual em outras áreas da contemporaneidade, para cada pergunta há inúmeras respostas, de modo que o mais importante, talvez, seja aguçar a curiosidade e tomar gosto por perguntar! Afinal, de acordo com o interesse pessoal e os recursos à disposição é possível encontrar as mais variadas saídas e, também, os mais variados pontos de partida.

O interessante é notar que na Era dos Dados eles passam a ocupar um lugar cada vez mais central para as nossas práticas. O “achismo” pode, enfim, dar lugar ao surgimento de insights devidamente baseados em dados concretos. Porém, ao contrário do que pode parecer, o universo dos dados oferece amplo espaço para a criatividade e o debate. Sendo assim, é como se tivéssemos o ferramental necessário para boas fotografias, mas como iremos utilizá-lo e o que faremos com as fotografias está em aberto. Compreender, por exemplo, que, historicamente, um determinado mês é o que mais concentra a falta dos alunos só ganha sentido quando a escola toma uma iniciativa para sanar esse ponto. De alguma forma, trata-se de um desdobramento mais potente do movimento que nos tirou das bibliotecas e nos levou para as ferramentas de busca digital. Agora, é como se pudéssemos nos transformar em agentes de investigação, aplicando técnicas e instrumentos para descobrir se nossas hipóteses para compreender a realidade fazem sentido. Sim: estamos melhor equipados para perguntar, obter respostas e dar passos com base no que foi apurado.

Trazer a discussão sobre os dados para a escola é o primeiro passo para entender como a instituição vai interagir com seus profissionais, seus alunos, as famílias e os responsáveis para executar ciclos que envolvem a coleta, o tratamento, a interpretação e a análise dos dados. Nesse sentido, é possível, por exemplo, nomear embaixadores de dados, que vão liderar os processos e criar conexões com especialistas no assunto, promovendo intercâmbios e aprendizados.

Seja qual for o caminho, o importante é não ficar parado. O letramento em dados pode parecer complicado em um primeiro momento, mas, além de necessário, tem se tornado cada vez mais acessível. Saber ler e interpretar dados vai desde ajudar você a compreender como instituições públicas e privadas usam suas informações pessoais, passando por melhorar sua tomada de decisão de compras e indo até aprender a identificar fake news. Vai além do essencial: o conhecimento em dados é capaz de formar cidadãos mais conscientes e, consequentemente, mais livres.

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Teorias, abordagens e metodologias de ensino. Vamos conhecer cada uma delas?

Teorias, abordagens e metodologias de ensino. Vamos conhecer cada uma delas?

professor ao lado de projetor leciona aula de inglês para plateia de crianças

Você já se perguntou como as escolas escolhem as melhores formas de ensinar seus alunos? Essa escolha envolve uma série de elementos, que precisam ser levados em conta, como as concepções de ensino e aprendizagem, teorias de desenvolvimento, abordagens inspiracionais ao de todo o mundo e metodologias que norteiam as práticas cotidianas. 

Existem vários tipos de metodologias de ensino, teorias e abordagens, cada uma com suas vantagens e desafios. Saber definir a pedagogia da escola é essencial, pois é isso que irá direcionar o currículo, o plano de ensino e guiar os professores na rotina em sala de aula.

Neste artigo, vamos conhecer algumas das principais metodologias, abordagens e teorias e como elas podem ser aplicadas na sua sala de aula. 

Continue acompanhando e aprenda tudo sobre o assunto!

Definição de teoria, metodologia de ensino e abordagem pedagógica

grupo de alunos diversos conversam entre si

Uma teoria é um conjunto de ideias que procura transmitir uma noção geral de alguns aspectos da realidade. Ela se desenvolve por meio de estudos, experimentações e observações.

Uma metodologia de ensino é uma forma de organizar e conduzir o processo de ensino e aprendizagem. Existem diferentes tipos de metodologias de ensino, cada uma com suas características. 

Algumas metodologias são mais centradas no conteúdo, outras no professor, outras no aluno ou no processo como um todo. O intuito de cada método é facilitar o aprendizado dos alunos, respeitando suas necessidades, interesses e potencialidades.

As abordagens pedagógicas se apoiam em práticas de comunidades escolares e em pensamentos de teóricos da Educação. Não pressupõe um método específico ou procedimentos replicáveis, mas servem de inspiração para personalizar o ensino, em favor da aprendizagem e do desenvolvimento.

Vamos aplicar o conhecimento?

professora sorri enquanto alunos levantam a mão para pergunta em sala de aula

Antes de tudo, é válido ressaltar que cada escola deve escolher a prática que melhor atenda às necessidades de sua comunidade escolar e que esteja de acordo com sua proposta pedagógica. 

Metodologia de ensino Tradicional

A metodologia de ensino tradicional é uma das mais antigas e comuns na educação. Ela se baseia na ideia de que o professor é o responsável por transmitir o conhecimento aos alunos, que devem recebê-lo de forma passiva e memorizá-lo. 

As aulas são expositivas, com foco nos conteúdos científicos já consolidados, e as avaliações são feitas para medir o quanto os alunos conseguiram reter as informações. 

Esse método surgiu no século XIX, com o objetivo de universalizar a educação e preparar os cidadãos para o convívio social e o mercado de trabalho. No entanto, ele recebe críticas por ser rígido, descontextualizado e desestimulante para os alunos.

Sociointeracionista

O Sociointeracionista é uma teoria desenvolvida por Lev Vygotsky, um psicólogo que acreditava que o aprendizado é uma conquista conjunta, baseada nas experiências individuais e coletivas. A abordagem pedagógica que se baseia na teoria de Vygotsky valoriza a interação entre os alunos e o meio social como forma de construir o conhecimento.

Nesse modelo, o professor tem o papel de motivar e orientar os alunos, respeitando suas particularidades e interesses. As atividades em equipe são importantes para aproximar os alunos de seus colegas e desenvolver habilidades socioemocionais

A metodologia sociointeracionista também busca relacionar os conteúdos teóricos com a vida cotidiana das crianças, tornando o ensino mais dinâmico e atrativo.

Construtivismo

Você já se perguntou como as crianças aprendem? Será que elas apenas recebem e memorizam as informações que os professores transmitem? Ou será que elas são capazes de construir o seu próprio conhecimento a partir da interação com o mundo? 

Essas são algumas das questões que o psicólogo suíço Jean Piaget tentou responder com a sua teoria do construtivismo. Segundo ele, o aprendizado é um processo dinâmico e ativo, no qual as crianças passam por diferentes estágios de desenvolvimento cognitivo e vão assimilando e transformando as informações que recebem. 

O papel do professor, nesse contexto, é de orientar e estimular os alunos a explorarem os problemas, formularem hipóteses e buscarem soluções. O construtivismo aplicado nas escolas tem, como principal objetivo, incentivar o desenvolvimento do senso crítico, do pensamento lógico e da autonomia do indivíduo.

Metodologia de ensino Montessori

O método Montessori foi criado pela médica e pedagoga italiana Maria Montessori no início do século XX, com base na observação das necessidades e interesses das crianças em diferentes estágios de desenvolvimento. 

O objetivo dessa metodologia é estimular a autonomia, a criatividade, a autoconfiança e o respeito pela individualidade das crianças, oferecendo um ambiente preparado com materiais e atividades adequados para cada faixa etária. 

O papel do professor é o de mediador e facilitador do aprendizado, respeitando o ritmo e as escolhas de cada aluno. A metodologia Montessori se baseia em 6 princípios: 

  1. Autoeducação;
  2. Educação como ciência
  3. Educação cósmica;
  4. Ambiente preparado; 
  5. Adulto preparado;
  6. Criança equilibrada. 

Esses princípios visam formar as crianças para a vida, desenvolvendo suas competências sociais, emocionais e intelectuais. Alguns benefícios da Montessori são: 

  • desenvolvimento da coordenação motora e das habilidades cognitivas;
  • estímulo à resolução de problemas e conflitos;
  • promoção da boa autoestima e do controle da ansiedade;
  • aumento da sensibilidade e do senso de comunidade. 

Por esses motivos, a metodologia Montessori é considerada uma Pedagogia inovadora e eficaz para a educação infantil, sendo adotada em diversas escolas pelo mundo.

Abordagem de Reggio Emilia

A abordagem de Reggio Emilia surgiu nesta cidade italiana após a Segunda Guerra Mundial, valoriza o protagonismo, a criatividade e a cooperação das crianças. Ela se baseia em alguns princípios, como:

  • criança como protagonista, investigadora e comunicadora;
  • professor como parceiro, guia, pesquisador e aprendiz;
  • arte como linguagem expressiva;
  • cooperação como base do sistema educacional;
  • ambiente como o terceiro professor;
  • pais como parceiros no processo de ensino-aprendizagem;
  • uso da documentação pedagógica — registro de experiências com textos, imagens e objetos.

Essa abordagem reconhece as “cem linguagens” da criança, ou seja, as diferentes formas de se expressar, aprender e interagir com o mundo. Ela também utiliza a metodologia de projetos para explorar os interesses e as curiosidades das crianças. 

A proposta pedagógica de Reggio Emilia é considerada uma forma de inovar na educação infantil e pode inspirar práticas em outras etapas da educação.

Pedagogia Waldorf

A Pedagogia Waldorf é uma abordagem pedagógica que busca desenvolver o ser humano em seus aspectos físico, espiritual e mental. Ela foi desenvolvida por Rudolf Steiner, um filósofo austríaco que nasceu na região onde hoje se encontra a Croácia e defendia a importância de combinar a razão e a espiritualidade. 

A abordagem se baseia na Antroposofia, uma doutrina filosófica que estuda o homem como um ser sábio. A Pedagogia Waldorf valoriza as atividades artísticas, lúdicas e manuais como formas de estimular a criatividade, a sensibilidade e a autonomia dos alunos.

Além disso, respeita o ritmo biológico e as necessidades de aprendizagem de cada fase da vida, dividindo o ensino em ciclos de sete anos. O objetivo é formar indivíduos capazes de pensar criticamente e agir com iniciativa no mundo.

Pedagogia Freiriana

A pedagogia freiriana é uma proposta pedagógica desenvolvida pelo educador e filósofo brasileiro Paulo Freire, que tem como base o diálogo e a valorização da realidade e da experiência dos estudantes. 

O objetivo é promover uma educação crítica, libertadora e transformadora, que respeite a diversidade e a autonomia dos sujeitos. O professor é um mediador do processo de aprendizagem, que estimula os alunos a refletirem sobre os temas geradores relacionados ao seu contexto social e cultural. 

Essa concepção é aplicada inicialmente na alfabetização de adultos, mas pode ser adaptada para diferentes níveis e modalidades de ensino.

Abordagem Pikler

A abordagem Pikler visa o desenvolvimento saudável e autônomo de bebês e crianças pequenas, com até 3 anos de idade. Ela foi desenvolvida pela pediatra húngara Emmi Pikler, que observou e respeitou o tempo e o movimento livre dos seus filhos e das crianças de quem cuidou em um orfanato. 

A abordagem Pikler valoriza o vínculo afetivo entre a criança e o adulto cuidador, a individualidade e sua liberdade para explorar o ambiente e o seu próprio corpo, sem intervenções ou pressões externas. Sugere, também, práticas de cuidados na rotina diária que favorecem a confiança e a segurança da criança.

Abordagem How-to-Live

A abordagem How-to-Live visa desenvolver as habilidades e qualidades dos alunos para viverem de forma plena e harmoniosa. 

Ela se baseia nos princípios da filosofia de vida do mestre indiano Paramahansa Yogananda, que ensinou como integrar a ciência, a arte, a religião e a ética na vida cotidiana. O objetivo é formar cidadãos conscientes, criativos e compassivos, capazes de contribuir para o bem-estar pessoal e coletivo.

Sua importância na educação

alunos prestam atenção em professora sentada enquanto ela lê.

As teorias, abordagens e metodologias de ensino ajudam a organizar e conduzir o processo de ensino-aprendizagem, buscam transmitir uma noção geral de alguns aspectos da realidade, além de servirem como inspiração para personalizar o ensino em prol da aprendizagem e desenvolvimento. 

Elas são importantes para orientar a rotina em sala de aula —definir os objetivos, os conteúdos, as estratégias e as avaliações de cada área do conhecimento. Além disso, elas permitem que os alunos sejam mais ativos, criativos e críticos na construção do seu saber. 

As metodologias de ensino podem ser tradicionais, como aulas expositivas e provas, ou mais inovadoras, como as metodologias ativas. Cada uma tem diferentes aplicações, dependendo do contexto escolar de cada instituição.

Conclusão

Neste conteúdo, pudemos conhecer mais sobre as teorias, abordagens e metodologias que ajudam a organizar e conduzir os processos de ensino e aprendizagem.

A escolha da escola impacta diretamente na aprendizagem dos alunos, e pudemos ver que existem diversas linhas de pensamento que foram criadas ao longo do tempo. 

Assim, a instituição que souber qual delas é a mais adequada para sua realidade escolar consegue se diferenciar no mercado e proporcionar um ensino de qualidade para suas crianças, jovens e adultos. 

Conheça o Compartilha, um projeto educacional com soluções inovadoras e flexíveis para a sua escola. 

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